Embalados pelo clima de Copa do Mundo, os presidenci�veis quebram a cabe�a, mas come�am a definir os times que entrar�o em campo para ajudar na elabora��o do programa de governo. O pr�-candidato do PSDB, A�cio Neves (MG), anuncia hoje, no Rio, os nomes dos principais auxiliares, que ser�o coordenados pelo ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia. Candidata � reelei��o, Dilma Rousseff equilibra-se entre o programa de campanha e o atual governo e consulta os ministros de cada �rea, al�m da onipresen�a de Luiz In�cio Lula da Silva. E o ex-governador de Pernambuco (PSB) Eduardo Campos escalou o ex-petista Maur�cio Rands para ser o respons�vel no PSB pela elabora��o do programa de governo.
Dilma, A�cio e Eduardo tentam fugir do clima de baixaria que dominou a disputa eleitoral nas �ltimas semanas e avan�ar para uma fase mais propositiva. O pr�-candidato tucano n�o admite explicitamente, mais os companheiros de partido apostam todas as fichas em Arm�nio Fraga para ministro da Fazenda. Fraga, que foi presidente do Banco Central durante o governo FHC, come�ou dividindo a responsabilidade com outros economistas que elaboraram o Plano Real, mas, aos poucos, foi assumiu papel de protagonismo no grupo.
Nessa �rea econ�mica, considerada vital para o pa�s e crucial no debate eleitoral, Eduardo conta com um trio de ataque formado pelo professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Eduardo Giannetti, o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alexandre Rands, e o vice-presidente do Insper, Marcos Lisboa, que foi secret�rio de pol�tica econ�mica do Minist�rio da Fazenda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
J� Dilma Rousseff consulta, inevitavelmente, seus principais auxiliares na �rea: Guido Mantega (ministro da Fazenda), Luciano Coutinho (presidente do BNDES) e, com menos frequ�ncia, Arno Augustin (secret�rio do Tesouro Nacional). Arno, inclusive, levou uma descompostura p�blica de Lula, semana passada, durante palestra promovida pelo jornal El Pa�s. “Se depender do pensamento do Arno, voc� n�o faz nada. N�o � por maldade n�o. A nossa tesoureira em casa � nossa mulher e ela tamb�m � assim. Elas n�o querem gastar, s� querem guardar. Tem que gastar um pouquinho tamb�m”, reclamou Lula.