Para Berzoini, vaias a Dilma foram movimento organizado

Bras�lia, 20 - O ministro das Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira, 20, que n�o concorda com as declara��es de seu colega de Esplanada, o secret�rio-geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, para quem as ofensas gritadas contra a presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo n�o vieram apenas da "elite branca".

"N�o concordo. Acho que existe um quadro no Brasil de disputa pol�tica, uma ampla disputa e que n�s temos que entender que em alguns momentos as a��es s�o preparadas para ter um determinado resultado. Eu pessoalmente acho que o que aconteceu l� foi um movimento de um setor que se organizou para fazer aquilo", disse Berzoini, logo depois de deixar a reuni�o do diret�rio nacional do PT em Bras�lia.

Na quinta-feira passada, parte do p�blico que acompanhou a partida entre Brasil e Cro�cia na Arena Corinthians, em S�o Paulo, xingou a presidente Dilma Rousseff. A avalia��o do ministro da Secretaria Geral da Presid�ncia causou mal-estar no PT. Apesar de discordar de Carvalho, Berzoini disse que a avalia��o do colega � "respeit�vel" e que "qualquer governo tem muitas opini�es".

Rejei��o.

Berzoini disse ainda que a rejei��o da presidente Dilma medida nas �ltimas pesquisas n�o batem com levantamentos internos do PT. "O partido tem as suas pesquisas, trabalha com elas e n�o necessariamente coincidem com aquelas que s�o divulgadas", disse. "A rejei��o n�o coincide com a as pesquisas que eu tenho conhecimento".

Na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 43% dos eleitores afirmaram que n�o votariam em Dilma em nenhuma hip�tese. Mas essa n�o � a taxa de rejei��o tradicionalmente medida pelo instituto. Nesse caso, o Ibope pergunta apenas "em quem voc� n�o votaria de jeito nenhum", sem citar nomes de candidatos e sem "for�ar" um posicionamento do eleitor sobre cada um dos principais concorrentes. Compara��es entre potencial de voto e taxa de rejei��o s�o, portanto, indevidas.