Bras�lia, 01 - A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, foi informada de investiga��o que trata de suspeitas de pagamento de propina da SBM Offshore a funcion�rios da estatal cerca de um ano antes de anunciar uma auditoria sobre o caso, segundo o chefe de Governan�a e Conformidade da empresa holandesa, Sietze Hepkema. As declara��es do executivo da SBM foram dadas neste ano, durante a apura��o interna da Petrobras.
O depoimento de Herkema � o primeiro a indicar que Gra�a Foster sabia das suspeitas. At� ent�o, havia apenas a indica��o de que �diretores� da estatal brasileira tinham conhecimento pr�vio do caso e mesmo assim s� agiram ap�s um ano.
A auditoria interna da Petrobras funcionou entre fevereiro e mar�o deste ano. Ela concluiu que n�o houve recebimento de propina por parte dos funcion�rios da estatal. Os documentos da auditoria foram remetidos para �rg�os de controle que mant�m abertas investiga��es. A Pol�cia Federal tamb�m conduz inqu�rito sobre o tema.
Em 21 de fevereiro, a Petrobras entrevistou Hepkema no Rio, como parte da investiga��o interna. Na ocasi�o, ele foi questionado sobre o porqu� de a SBM nunca ter avisado a estatal sobre as investiga��es que abrira para apurar as den�ncias de irregularidade, embora isso seja uma determina��o de contratos da empresa com a estatal.
�N�s o fizemos em v�rias ocasi�es, geralmente com o senhor Formigli. Discutido com a senhora Foster cerca de um ano atr�s�, respondeu o executivo, conforme transcri��o do depoimento. Formigli � o diretor de Explora��o e Produ��o da estatal, Jos� Miranda Formigli.
A empresa holandesa sabia de opera��es suspeitas no Brasil desde janeiro de 2012, tendo iniciado investiga��es sobre o caso em maio do mesmo ano, ou seja, meses antes do declarado alerta a Foster.
Em nota, a presidente da Petrobr�s disse que �nunca foi comunicada pelo senhor Hepkema ou por qualquer dirigente da SBM sobre esta investiga��o�. Ela sustentou que apenas o diretor Formigli foi informado anteriormente, em reuni�es com o CEO da empresa holandesa Bruno Chabas, ocorridas em 2012 e 2013, de que havia �poss�veis pagamentos de propina em pa�ses na �frica�, mas que n�o havia indica��o de tal situa��o envolvia a estatal. �Sendo assim, n�o havia motivo para se fazer investiga��o anteriormente�, disse.
A SBM tamb�m informou n�o ter avisado sobre �pagamentos indevidos especificamente � empresa brasileira�. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.