Polariza��o '� com malufismo', diz Alckmin

S�o Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato � reelei��o ao governo de S�o Paulo, afirmou hoje que a principal polariza��o pol�tica no Estado � entre os tucanos e o malufismo. “S�o Paulo sempre tem se caracterizado como um quadro multi, pluripartid�rio. Sempre foi”, afirmou o governador, em entrevista ap�s um evento no Pal�cio dos Bandeirantes. E prosseguiu: “Ali�s, se voc� verificar, h� uns 10 ou 15 anos atr�s, nunca foi polarizada entre PSDB e PT, mas entre PSDB e Maluf. De repente, estamos voltando (a essa polariza��o)”.

A frase do governador � uma refer�ncia ao fato de a candidatura de Paulo Skaf, pelo PMDB, ter recebido na segunda-feira (30), o apoio do deputado Paulo Maluf e do PP. Ele procura, com ela, reduzir a import�ncia do PT como rival direto do PSDB nas �ltimas duas d�cadas e ao mesmo tempo alfinetar a candidatura de Skaf, seu rival direto, no momento, na disputa de outubro.

Na mais recente pesquisa Datafolha, Alckmin lidera a disputa com 44% das inten��es de voto, seguido de Paulo Skaf com 21%. O candidato do PT, Alexandre Padilha, tem 3%.

Na entrevista, o tucano empenhou-se tamb�m em defender a imagem do PSDB como um partido unido para as elei��es de outubro, ao comentar a decis�o do ex-governador Jos� Serra de se candidatar ao Senado - e n�o � C�mara dos Deputados, como fora antes anunciado. “O nosso candidato, e isso vale para o Senado, para presidente da Rep�blica, � o do meu partido. � o A�cio e o Serra”, disse ele. � uma maneira, ainda, de o governador informar que o PSDB n�o se abalou com a s�bita sa�da, de seu bloco de aliados, do PTB - um epis�dio no qual os tucanos optaram por perder parte do tempo na TV mas n�o prejudicar a candidatura de Serra.

Mudan�a

O destaque � presen�a de Maluf na campanha de Paulo Skaf j� antecipa uma poss�vel estrat�gia da campanha eleitoral de Alckmin. Maluf, com seu apoio ao peemedebista, carrega consigo os processos por fraude e lavagem de dinheiro movidos contra ele e o fato de ser procurado pela Interpol e n�o poder deixar o Pa�s. Maluf havia anunciado no dia 30 de maio sua ades�o � candidatura de Padilha, mas a trocou no �ltimo momento pela ades�o a Skaf e ao PMDB, a 30 de junho. A explica��o do PP para o gesto foi que o partido tem chance de formar uma bancada bem maior com Skaf do que com o PT.

Na avalia��o de auxiliares do governador, no Pal�cio dos Bandeirantes, no entanto, seria melhor para a reelei��o de Alckmin que Maluf continuasse com Padilha e o PT. Seria mais f�cil, segundo esses auxiliares, derrotar mais uma vez o petismo - o que o PSDB j� conseguiu seguidas vezes - do que um candidato novo, distante do universo petista e apoiado por um partido com hist�ria e estrutura organizada em todo o Estado.