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Estado de Minas

Candidatos a presidente da Rep�blica contam com porta-vozes para setores estrat�gicos

Sem tempo a perder, candidatos ao Pal�cio do Planalto escalam interlocutores para se aproximar de setores estrat�gicos, como o mercado financeiro e os movimentos sociais


postado em 09/07/2014 00:12 / atualizado em 09/07/2014 07:26

(foto: Arte/Quinho)
(foto: Arte/Quinho)
Bras�lia – Iniciada a fase do p� no ch�o da campanha eleitoral, mais do que nunca os presidenci�veis precisar�o de interlocutores com os diversos setores da sociedade para ouvir queixas, demandas e levar a eles as propostas de cada uma das campanhas. Os times ainda n�o est�o completos, alguns porta-vozes ainda dividem o tempo entre os atuais afazeres e as miss�es futuras. Estruturas ainda seguem sendo montadas. Mas a necessidade de di�logo aumenta a cada dia e se intensificar� quando a campanha esquentar de fato, ap�s o t�rmino da Copa do Mundo.


Candidato do PSDB � Presid�ncia, o senador A�cio Neves (MG) tem dois importantes

porta-vozes para refor�ar o discurso econ�mico que tem impregnado a candidatura tucana nos �ltimos meses. Ao escolher o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga como seu escudeiro fiel, atraiu para si a simpatia do setor financeiro nacional. “Eduardo estava bem � vontade nessa �rea. Quando A�cio trouxe Fraga (que � dono da G�vea Investimentos) oficialmente para seu lado, os investidores vieram como um im�”, confirmou um investidor.

Dentro da campanha, Fraga � visto como um importante avalista. Mas � outro nome que atrai os olhos do empresariado: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ministro da Fazenda respons�vel pela cria��o do Plano Real, eleito e reeleito presidente na esteira da estabilidade econ�mica, FHC d� o peso institucional na rela��o com o setor produtivo nacional. “A presen�a de Fernando Henrique na nossa campanha transmite a imagem de seriedade, da compet�ncia e de uma pessoa que sabe montar uma equipe qualificada a servi�o do pa�s”, justificou A�cio, em conversa recente.

SINDICALISTAS Na �rea sindical, A�cio escolheu o presidente do Solidariedade e ex-presidente da For�a Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. O deputado federal tentou emplacar Miguel Torres, atual presidente da For�a, como vice de A�cio, mas o mineiro optou pelo colega de Senado Aloysio Nunes Ferreira. H� duas semanas, o presidenci�vel tucano anunciou que J�nior, da ONG Afrorregae, faria a ponte com os movimentos sociais. Integrantes da campanha afirmam que outros nomes ser�o agregados ao longo do processo, principalmente nessa �rea. “Da mesma forma que precisamos intensificar as pontes com a �rea social, os petistas buscam aliados no setor econ�mico”, constatou um estrategista de A�cio.

O PT, aos poucos, vai montando seu estafe.. Mas o estilo Dilma Rousseff de governar fez com que a presidente se afastasse do setor produtivo, que a considera centralizadora. Presidente da C�mara de Gest�o e Competitividade, o empres�rio Jorge Gerdau chegou a participar de encontros com a presen�a de A�cio Neves e de outros empres�rios. Mas os tucanos n�o acreditam que ele far� campanha para o PSDB. “A rela��o dele com Lula e Dilma � forte. Uma vit�ria do A�cio n�o seria lamentada por ele. Mas, da� a se engajar em nosso time h� uma dist�ncia enorme”, disse um aliado do tucano.

Para tentar reaproximar Dilma dos empres�rios, os encontros promovidos por Lula em seu Instituto, em S�o Paulo, t�m sido essenciais. Nas campanhas anteriores do PT, Antonio Palocci e Henrique Meirelles exerciam com desenvoltura esse papel. Mas, hoje, Palocci est� mais preocupado com as consultorias privadas do que em envolver-se diretamente na pol�tica. E Meirelles est� afastado da presidente. Al�m de Lula, outros representantes do setor produtivo que est�o buscando essa ponte entre Dilma e os empres�rios s�o Ab�lio Diniz e Josu� Gomes – curiosamente, ambos recusaram o cargo de ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio.

ANSIEDADE O comando de campanha do PT anunciou ontem como um dos coordenadores o secret�rio nacional da CUT, Jacy Afonso. Ele ser� o respons�vel pela liga��o com o movimento sindical, �rea que os petistas dominam h� muito tempo, embora tenham visto a defec��o da For�a Sindical para o PSDB e de outras centrais, como a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) para o PSB. Na �rea social, al�m da facilidade de ter pastas ministeriais com esse canal de di�logo, a campanha de Dilma poder� contar com Gilberto Carvalho, que ainda n�o se licenciou, mas � aguardado com ansiedade por estrategistas dilmistas.

Gilberto, inclusive, foi o respons�vel pela inflex�o no discurso em rela��o �s vaias e xingamentos direcionados a Dilma na abertura da Copa. Discurso endossado pelo ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini. “Um partido de esquerda que conseguiu mudar tanta coisa como n�s mudamos no pa�s, para melhor, n�o podemos sentar sobre essas mudan�as e dizer que est� tudo resolvido. N�o podemos ter ilus�o de que vivemos em uma situa��o de social democracia europeia”, declarou o ministro.

O PSB anunciar�, ainda este m�s, um Conselho de Pol�tica e Cidadania incluindo nomes da sociedade civil e pol�ticos de peso, como Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos. Os grandes respons�veis pela ponte com os movimentos sociais s�o Milton Coelho e Pedro Ivo. Na �rea sindical, o nome � Jailson Cardoso, secret�rio-geral da CTB. “Com os empres�rios, o principal interlocutor � o pr�prio Eduardo Campos. Ele transita com desenvoltura no setor produtivo brasileiro”, elogiou o secret�rio nacional do PSB, Carlos Siqueira. “Os parceiros nessa tarefa s�o escolhidos diretamente por ele”, completou o socialista. (Colaboraram Andr� Shalders e Grasielle Castro)

Notas de frustra��o

Menos de 30 minutos depois de encerrada a partida que marcou a maior derrota da Sele��o Brasileira em Copas do Mundo, a presidente Dilma Rousseff, lamentou o resultado em sua conta no Twitter. “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota. Sinto imensamente por todos n�s, torcedores, e pelos nossos jogadores”. A presidente voltou a ser xingada durante a partida com gritos de “Ei, Dilma, vai tomar no c…”. O candidato do PSDB, A�cio Neves, disse, em nota, compartilhar “como torcedor e como brasileiro” a frustra��o pela derrota hist�rica. “Desta vez n�o deu, mas vamos em frente. Outras vit�rias vir�o”, afirmou o tucano, que assistiu ao jogo no camarote do governador Alberto Pinto Coelho (PP), no Mineir�o. Pelo Facebook, Eduardo Campos (PSB), elogiou a festa dos brasileiros durante a Copa e disse que o “sonho do hexa foi, por hora, adiado”. “Voltaremos mais fortes em 2018”, escreveu.

 


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