A presidente Dilma Rousseff assinou nesta segunda-feira uma s�rie de acordos bilaterais com o presidente da R�ssia, Vladimir Putin, em Bras�lia. Foram contempladas as �reas da tecnologia, economia, defesa, energia e sa�de. Em declara��o para a imprensa, ela disse ainda que � "essencial" a atua��o coordenada entre Brasil e R�ssia na agenda do G-20, e defendeu a atua��o conjunta das duas na��es nas institui��es internacionais, sobretudo nas econ�micas, como sendo "a �nica maneira de tornar o FMI (Fundo Monet�rio Internacional) um mecanismo realmente multilateral e democr�tico", disse.
Entre os termos assinados entre Dilma e Putin, um dos principais prev� o aumento das trocas comerciais entre os dois pa�ses ao patamar de US$ 10 bilh�es anuais. Al�m disso, na �rea de defesa antia�rea, foi firmada parceria com convite para que militares brasileiros participem de exerc�cios militares russos com uso do sistema usado por aquele pa�s.
Outro termo firmado entre os presidentes prev� a coopera��o t�cnica entre a Empresa Federal Estatal Unit�ria, a Universidade de Pesquisa Cient�fica de S�o Petersburgo e Soro e o Instituto Butantan na produ��o de vacinas contra doen�as como difteria, t�tano, coqueluche e meningite. O acordo tamb�m vai facilitar o acesso do Instituto Butantan ao mercado russo para venda de vacinas.
Na �rea de tecnologia, foi assinado acordo que estipula a instala��o, na Universidades de Santa Maria e no Instituto T�cnico de Pernambuco, de uma esta��o de calibragem do sistema de navega��o por sat�lite de tecnologia russa (Glonass), que permitir� melhor defini��o de imagem do sistema russo no hemisf�rio ocidental.
Na �rea de petr�leo e energia, R�ssia e Brasil assinaram acordo de coopera��o para explora��o e produ��o de hidrocarbonetos, pol�ticas industriais voltadas � cadeia de bens e servi�os para a explora��o e produ��o de petr�leo e g�s natural, planejamento, constru��o, amplia��o e explora��o de infraestrutura para transporte, estocagem processamento e escoamento de g�s natural.
Conflitos
Durante o encontro, Dilma n�o citou a crise da R�ssia com a Ucr�nia em rela��o � Crimeia, mas defendeu a ado��o da resolu��o consensual e pac�fica de conflitos e cumprimentou o presidente Putin pela posi��o do pa�s a respeito do que vem ocorrendo na S�ria e no Oriente M�dio. Ela falou ainda que a escalada de conflitos em v�rias partes do planeta "amea�a a estabilidade mundial e obriga as organiza��es multilaterais a serem cada vez mais eficientes". "� preciso adotar como prioridade a resolu��o consensual e pac�fica de conflitos", defendeu a presidente em declara��o conjunta ao lado de Putin.
Copa e Olimp�adas
Vladimir Putin elogiou o "alto n�vel" da organiza��o da Copa do Mundo do Brasil e prometeu uma coopera��o conjunta em mat�rias envolvendo a organiza��o de megaeventos esportivos. A R�ssia sediar� a pr�xima edi��o da Copa, em 2018, e recebeu neste ano a edi��o dos Jogos Ol�mpicos de Inverno, em Sochi. O Rio ser� a sede dos Jogos Ol�mpicos de 2016.
"Sabemos o qu�o alto foi o n�vel da organiza��o da Copa do Mundo do Brasil. Foram necess�rios esfor�os financeiros e de organiza��o e seremos os anfitri�es em 2018. Ao mesmo tempo, o Brasil vai ser o centro dos Jogos Ol�mpicos, em 2016. N�s, como sabem, realizamos os Jogos de Inverno e vamos cooperar tamb�m na troca de experi�ncias nessa mat�ria", afirmou Putin.
Economia
De acordo com Dilma, o governo da R�ssia expressou interesse em participar cada vez mais do estreitamento de rela��es do grupo Brics, que al�m de Brasil e R�ssia conta tamb�m com �ndia, China e �frica do Sul. A presidente tamb�m defendeu a conclus�o dos acordos para a cria��o do novo banco do bloco.
"Temos um n�mero de iniciativas novas no plano de a��o conjunta no desenvolvimento da coopera��o bilateral. V�rias companhias russas est�o entrando no mercado brasileiro. Vamos produzir (no Brasil) equipamento para centrais el�tricas, terminais ferrovi�rios e constru��o de avi�es", afirmou Putin na tarde desta segunda-feira, 14, em Bras�lia.
"� preciso desenvolver nossos contatos nas �reas de pequenas e m�dias empresas. � de grande import�ncia ainda coopera��o na �rea humanit�ria", acrescentou o l�der russo. Putin ainda lembrou que vai buscar promover a participa��o brasileira na uni�o alfandeg�ria que a R�ssia est� fazendo com Bielorr�ssia.
Com ag�ncias