Candidatos a presid�ncia da Rep�blica investem em campanhas nas redes sociais

Uma das principais ferramentas na propaga��o das propostas dos candidatos na disputa pelo Pal�cio do Planalto, o uso da internet come�ou acanhado na campanha eleitoral. No entanto, d� sinais de que deve crescer rapidamente, especialmente com o t�rmino da Copa do Mundo e a proximidade da disputa nas urnas. Na vis�o de especialistas, a divulga��o de conte�do dos tr�s principais concorrentes � Presid�ncia da Rep�blica nas redes sociais ainda n�o se transformou em viral — mensagens que ganham vida ao serem replicadas � exaust�o pelos internautas —, mas o cen�rio deve mudar nas pr�ximas semanas. Os presidenci�veis t�m aumentado as equipes para expandir o campo de batalha virtual e investem em novas plataformas. Ontem mesmo, A�cio Neves (PSDB) lan�ou a p�gina oficial de campanha.

Na segunda-feira, o senador mineiro inaugurou conta no Twitter e j� contabilizava 45,3 mil seguidores �s 20h de ter�a. Ele aposta no JPSDB — a milit�ncia jovem do partido — para disseminar as ideias e as propostas para o pa�s. “Somos orientados pelo coordenador Xico Graziano a fazermos contas no Twitter e no Instagram para replicarmos tudo o que entrar nas p�ginas do A�cio”, conta o deputado federal Domingos S�vio (PSDB-MG).

No campo do Planalto, a estrat�gia virtual do PT come�ou com a tentativa de conter os danos causados � imagem da presidente Dilma Rousseff com as manifesta��es de junho do ano passado. Como os protestos foram mobilizados via internet, o partido e a comunica��o de Dilma identificaram a necessidade de fortalecer a propaganda na rede. Ainda em 2013, a presidente reativou a conta no Twitter — em que j� acumula 2,6 milh�es de seguidores — e estreitou a rela��o com os internautas na p�gina do Facebook do Pal�cio do Planalto. Nos diret�rios do partido espalhados pelo pa�s, oficinas ensinam a milit�ncia a divulgar conte�do favor�vel � presidente nas redes sociais.

Al�m dos colaboradores treinados para atuar nas redes sociais, a ofensiva ser� levada �s ruas. Na conven��o do partido, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva convocou os correligion�rios para fazer campanha. Segundo Lula, eles “devem ter orgulho” do partido e dos movimentos dos quais participam.

O candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, decidiu incorporar � campanha o modelo adotado pela vice, Marina Silva (PSB), em 2010. A exemplo da �ltima disputa, a legenda pretende reabrir pelo menos oito frentes de atua��es distintas na internet: site oficial, blog, Twitter, p�gina (fanpage) no Facebook, v�deos no YouTube, divulga��o de fotos em site, arrecada��o via internet e monitoramento de tudo o que se fala sobre os candidatos na web para tornar reposit�rio de dados para a campanha.

Pouco conhecida pela maioria da popula��o h� quatro anos, Marina Silva capitalizou ganhos representativos com as redes sociais. Usando a ferramenta para difundir as causas do desenvolvimento sustent�vel, ela conseguiu 19,6 milh�es de votos no primeiro turno. S� no Twitter, s�o 859 mil seguidores. Eduardo Campos conta com 33 mil. Otimistas, estrategistas da campanha do PSB esperam que a popula��o passe a adotar as ideias dos candidatos e as repliquem nas redes sociais. “A inten��o � dar capilaridade � campanha”, resumiu o secret�rio-geral do partido, Carlos Siqueira.

Especialista em tecnologia da informa��o, Marcelo Branco destaca que as campanhas nas m�dias digitais come�aram muito devagar quando comparadas � �ltima corrida presidencial. “O que se v� s�o espa�os oficiais, com divulga��es oficiais, transmitindo informa��es formais”, explicou. Branco coordenou a campanha de Dilma Rousseff nas redes sociais em 2010 e percebe, atualmente, a diferen�a no material difundido nestas elei��es em rela��o � passada. “H� quatro anos, o principal conte�do difundido na campanha veio de apoiadores, e n�s s� estimul�vamos isso.”

O Minist�rio Publicou Eleitoral contestou a candidatura dos presidenci�veis Mauro Iasi (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Jos� Maria Eymael (PSDC) e Rui Costa Pimenta (PCO) por falta de apresenta��o de documentos no registro. O pedido para que eles apresentassem a documenta��o pendente para poderem prosseguir como candidatos foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os quatro j� foram notificados e t�m sete dias resolver as pend�ncias.