
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 30, em evento organizado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), que o setor de constru��o teve forte expans�o, estimulado tanto em programas de crescimento como nas concess�es. Ela mencionou as rodovias, portos, aeroportos, ferrovias e contribui��o na �rea de saneamento e investimento, como fatores que contribuem para gerar forte demanda na ind�stria civil pesada.
"Aqui neste segmento temos de fato grandes desafios a enfrentar, sobretudo busca de novas institucionalidades. Na �rea de saneamento � essencial uma PPP", disse a presidente. "Muitas vezes � essencial a forma de organiza��o de PPP, que ainda temos de elaborar, sempre querendo fazer atualiza��o maior", disse em aceno ao setor privado.
Ela citou o Minha Casa Minha Vida como programa que tem rela��o direta de financiamento e participa��o das ind�strias e disse que o governo conseguiu em cinco anos contratar mais do que o imaginado no in�cio do programa, 3,7 milh�es de casas.
Pronatec
Dilma citou o Pronatec e disse que foi um "imenso desafio" qualificar os trabalhadores para aumentar produtividade e reduzir custos. Ela lembrou que em breve ser�o contabilizados 8 milh�es de matr�culas no programa, que � uma parceria entre governo federal e sistema S. Dilma destacou que 40% das matr�culas no programa s�o oriundas do Senai e lembrou que foi no governo Lula que houve altera��o legislativa para permitir que o governo federal investisse em escolas t�cnicas.
"Estamos aliando necessidade de formar trabalhadores �s demandas do setor produtivo", disse. "At� 2018 pretendemos chegar a 12 milh�es de novos matriculados", completou.
Infraestrutura
A presidente afirmou que o governo petista herdou um quadro ruim na capacidade do Estado de planejar a��es na �rea de infraestrutura. "N�s somos herdeiros de uma situa��o ruim do ponto de vista p�blico e privado", disse.
A presidente disse que o ex-presidente Lula e ela encontraram um Estado sem projetos para executar. "O Brasil n�o tinha projeto executivo e b�sico, n�o tinha carteira de projetos."
Dilma tamb�m afirmou que n�o est� "feliz" com a forma como os investimentos em infraestrutura t�m sido feitos nos �ltimos anos. Apesar da autocr�tica, a presidente ressaltou que o governo petista retomou os aportes em infraestrutura que n�o existiam antes. "� preciso avan�ar ainda mais. Mesmo considerando que fomos o governo que mais investiu em concess�o", afirmou.
Dilma citou como exemplo o setor de rodovias, que realizou leil�es de concess�o para ampliar estradas. Segundo ela, as empresas agora s�o obrigadas a investir em at� cinco anos e esta seria a principal diferen�a do modelo adotado pelo PT. "N�o se fazia concess�o para investir. Fazia-se para manter (rodovias antigas). O modelo era esse", disse.
Crise
Dilma afirmou que seu governo tomou medidas para minorar os impactos da crise sobre a ind�stria, com a��es de m�dio e longo prazo. "Tem compromisso com a pauta de competitividade da ind�stria. Quem sempre defendeu pol�tica industrial pode assumir compromisso cr�vel de fazer cada vez mais pela ind�stria brasileira", disse.
Ela destacou que seu novo governo dar� prioridade � agenda de reforma tribut�ria. "N�s tentaremos sempre uma reforma abrangente, mas iremos perseguir essa reforma mesmo quando a conjuntura n�o for a mais favor�vel, com �nfase na simplifica��o, na desburocratiza��o e na n�o cumulatividade dos tributos", afirmou. Dilma disse ter consci�ncia que "urge" a simplifica��o do PIS/Cofins, por exemplo. A presidente tamb�m citou proposta sobre o ICMS, que tramita no Congresso.
"Queremos construir um marco regulat�rio do trabalho compat�vel com a economia do s�culo XXI. Deve estar, sim, estruturado em torno da negocia��o coletiva", afirmou. Ela defendeu a terceiriza��o, "de forma correta contemplando a seguran�a jur�dica, sem precarizar o trabalho".
'Profecias pessimistas'
A presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que os empres�rios n�o se deixem envolver por "profecias pessimistas". "Expectativas pessimistas bloqueiam as realiza��es", disse a presidente.
Dilma disse que foram feitos diversas previs�es negativas para o governo, entre elas as de "tempestade perfeita", os receios quanto � Copa do Mundo e as avalia��es de que o Brasil poderia passar por um racionamento de energia. "O �ltimo racionamento de energia tirou dois pontos do PIB em 2000-01. Essas profecias n�o se realizaram nem se realizar�o", comentou.
A presidente afirmou que o Pa�s conta hoje com uma situa��o macroecon�mica que lhe permite debelar adversidades. Referindo-se ao per�odo em que o Brasil foi governado por Fernando Henrique Cardoso, Dilma disse que as reservas cambiais do Pa�s cresceram dez vezes desde ent�o.
Ela ponderou ainda que "for�ar a realiza��o dessas profecias em per�odo pr�-eleitoral tem forte componente pol�tico". Para rebater as cr�ticas do baixo crescimento do Brasil, a presidente voltou a argumentar que o Pa�s est� entre as seis ou sete economias do G 20 com melhor desempenho. Ela afirmou que o Brasil tem fundamentos econ�micos s�lidos, com a menor taxa de juros da hist�ria recente da rep�blica. "Vamos entrar em um novo ciclo porque criamos as bases", concluiu.
Com Ag�ncia Estado