A institucionaliza��o da autonomia do Banco Central n�o � um problema na chapa do PSB � sucess�o presidencial, segundo a candidata a vice-presidente Marina Silva. H� um consenso, segundo ela, em torno da quest�o, mas a cria��o de garantias para assegurar a autonomia do �rg�o regulador, como um projeto de lei, por exemplo, ainda est� em discuss�o.
Segundo ela, assegurar a autonomia do BC via um projeto de lei � um tema que divide especialistas, com alguns indicando que a medida seria um sinal forte enquanto que outros acreditam que n�o � o caso de efetiv�-la. Marina afirmou que � preciso verificar a oportunidade e a conveni�ncia de tal passo.
Sobre a pol�tica de cr�dito a ser proposta pelo programa de governo de Eduardo Campos, do qual � vice, a candidata afirmou que a chapa � bastante criteriosa quanto � transpar�ncia e debate da participa��o dos bancos p�blicos no est�mulo ao crescimento da economia brasileira. Para ela, n�o � poss�vel escolher "quem s�o os ganhadores" no setor banc�rio.
"A sociedade precisa de crit�rios transparentes para que se possa disponibilizar meios, recursos e financiamentos. At� porque isso sai do or�amento p�blico e n�o � discutido no Congresso, n�o tem transpar�ncia. � nesse sentido que estamos sendo bastante criteriosos", explicou ela.
De acordo com Marina, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) n�o poderia ter sido usado em um momento que n�o era mais oportuno, diferentemente do que aconteceu em 2008, quanto era necess�rio fazer uma alavancagem em fun��o da crise econ�mica europeia. Passada a crise, o est�mulo ao crescimento econ�mico via oferta de cr�dito por parte dos bancos p�blicos, segundo ela, n�o poderia ter sido continuado.
Marina afirmou ainda que a chapa do PSB � sucess�o presidencial est� fechando informa��es para lan�ar o programa de governo, cuja previs�o � 13 de agosto. Segundo ela, as equipes est�o dando suporte no levantamento de dados, n�meros, recursos e uma base m�nima de como ser� a implementa��o de determinadas propostas. Essa etapa, conforme Marina, d� um "trabalho relativo".
"Eu e o Eduardo n�o queremos fazer alguma coisa que depois a gente diga que est� insuficiente. Claro que nunca vai estar totalmente suficiente porque � um processo aberto. Quando chegar o momento da transi��o, se Deus quiser, muitas coisas ter�o de ser revisitadas, mas estamos fazendo de forma criteriosa", disse Marina.
A candidata participou na manh� de hoje de caminhada no Parque do Ibirapuera, em S�o Paulo, ao lado da ex-prefeita de S�o Paulo e deputada federal Luiza Erundina (PSB). Durante o percurso, a candidata parou para fotos com eleitores. Enquanto esperava na fila para conferir a exposi��o dos Mayas na Oca, Marina foi chamada de "homof�bica" por duas pessoas presentes e rebateu: "Isso n�o � verdade".