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Estado de Minas

Planalto tenta afastar Dilma de crise em CPI

Para evitar preju�zos ao governo e � campanha de Dilma, a ordem no Planalto e no comit� eleitoral � bater na tecla da "disputa pol�tica" e da "arma��o" para tentar vincular a presidente a um esc�ndalo


postado em 04/08/2014 07:49 / atualizado em 04/08/2014 08:06

Bras�lia - O Pal�cio do Planalto e o comando da campanha de Dilma Rousseff � reelei��o montaram nesse domingo uma estrat�gia para descolar a presidente da tentativa da oposi��o de associ�-la � possibilidade de fraude em depoimentos da CPI instalada no Senado para apurar irregularidades na Petrobr�s. Al�m disso, a suspeita de que depoentes ligados � estatal receberam as perguntas com anteced�ncia amea�a a posi��o do senador Jos� Pimentel (PT-CE) como relator da comiss�o.

O senador petista � um dos primeiros alvos concretos da oposi��o, que desde o in�cio boicotou os trabalhos dessa CPI em prol da abertura de uma comiss�o que inclu�sse deputados. "A provid�ncia a ser tomada � o afastamento do relator que, at� que se esclare�a esse assunto, est� sob suspeita de ser um dos participantes da farsa", afirmou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice-presidente na chapa de A�cio Neves.

Integrantes da base aliada reconhecem que a situa��o de Pimentel � delicada ap�s reportagem da revista Veja que colocou em suspeita os depoimentos da presidente da Petrobras, Gra�a Foster, de seu antecessor, Jos� Sergio Gabrielli, e do ex-diretor da �rea internacional Nestor Cerver�, autor do parecer sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) apontado como "falho" pela presidente Dilma Rousseff, em nota enviada ao jornal "O Estado de S. Paulo" em mar�o.

Para evitar preju�zos ao governo e � campanha de Dilma, a ordem no Planalto e no comit� eleitoral � bater na tecla da "disputa pol�tica" e da "arma��o" para tentar vincular a presidente a um esc�ndalo. O discurso oficial � que a CPI sempre foi um "assunto do Congresso".

Ap�s reuni�es e trocas de telefonemas, a Secretaria de Rela��es Institucionais, comandada por Ricardo Berzoini, divulgou uma nota para negar as informa��es de que Paulo Argenta, assessor especial do minist�rio, teria sido um dos respons�veis pela prepara��o das quest�es feitas na CPI e antecipadas aos depoentes, como diz a revista.

A reportagem descreve di�logos gravados em um v�deo entre o chefe do escrit�rio da Petrobras em Bras�lia, Jos� Eduardo Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem, apresentado como "homem n�o identificado". Os citados pela reportagem negam a combina��o dos depoimentos.

"(...) A Secretaria de Rela��es Institucionais informa que n�o elaborou perguntas para uso dos senadores na referida CPI. Questionado, o assessor Paulo Argenta garante que jamais preparou quest�es que seriam realizadas durante os depoimentos na referida CPI", diz o texto.

Depoentes


Segundo a reportagem, o relator da CPI teria repassado as perguntas e combinado as respostas que seriam dadas pelo ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli um dia antes de seu depoimento. Estrat�gia semelhante teria sido usada com a atual presidente da estatal e com Cerver�, o ex-diretor da �rea internacional da companhia.

O vice-presidente da CPI, senador Ant�nio Carlos Rodrigues (PR-SP), disse que os integrantes da comiss�o ouvir�o ter�a-feira, 05, as explica��es de Pimentel, com o objetivo de definir uma "nova diretriz" para o colegiado. "Se isso aconteceu, acho que foi uma grande trapalhada", afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), titular da CPI.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a prepara��o das quest�es � geralmente restrita a assessores parlamentares. "Pergunta feita por gente de fora n�o � normal, n�o."

Para o senador Jorge Viana (PT-AC), tudo n�o passa de uma "a��o eleitoreira e acertada" pela "m�dia conservadora" em socorro da oposi��o. 


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