O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou que, apesar da "grande perda" com a morte do ex-governador Eduardo Campos, outros l�deres jovens devem aparecer na pol�tica brasileira. "O Brasil � um pa�s de 200 milh�es de habitantes. O Eduardo � uma perda muito, mais muito grande para o Brasil, mas o Brasil tem dezenas de jovens participando da pol�tica. Outros v�o aparecer, outros v�o crescer", afirmou.
Lula lembrou a frase dita por Campos no Jornal Nacional, na v�spera de sua morte. "Uma fala que o Eduardo disse antes de morrer de acreditar sempre no Brasil. Eu acho que � isso que a classe pol�tica, sobretudo a juventude que quer entrar na pol�tica, precisa acreditar", disse.
Questionado se n�o haveria uma lacuna para a juventude ap�s a morte de Campos, que ao lado de Marina Silva se apresentava como uma terceira via e uma "nova forma de fazer pol�tica", Lula incentivou que mais jovens entrem para o processo pol�tico. "A �nica coisa que n�o pode acontecer na vida de um ser humano � ele negar a pol�tica, eu digo sempre assim: quando tudo estiver ruim e voc� n�o acreditar em ningu�m, acredite em voc� e v� fazer pol�tica", afirmou.
O ex-presidente destacou seu apego � fam�lia de Campos, lembrou de jantares na casa do ex-governador e disse que, ao conversar com sua esposa Renata Campos, destacou a for�a representada no filho ca�ula, Miguel.
"N�o h� palavras para a gente tentar confortar algu�m que perdeu um ente querido da forma que a Renata perdeu", disse. "Eu falei pra Renata: a �nica coisa que eu posso te dizer � tenha f�, acredita em Deus, ela tem um ca�ulinha, sete meses, eu acho que ele vai ser a for�a motora da Renata para ver esse menino crescer da forma que Eduardo queria."
Lula lembrou a campanha de 2006, quando disputava a Presid�ncia e tinha dois palanques em Pernambuco: Campos e Humberto Costa (PT). "E o Eduardo, junto comigo e com o Humberto Costa, patrocinou talvez o maior gesto de dec�ncia pol�tica que o mundo j� viu", disse, em rela��o ao palanque duplo.
"Eu subia com os dois no palanque, com a torcida do PSB e do PT, cada um com a sua bandeira, ningu�m vaiava ningu�m. Todo mundo ouviu o Humberto, todo mundo ouvia o Eduardo", disse. "E foi assim que aconteceu a campanha inteira, num gesto de grandeza do Eduardo porque ele poderia ter se recusado, e tamb�m no gesto do Humberto."
O ex-presidente disse que ainda � cedo para afirmar que gravar� v�deos em homenagem a Campos que possam ser transmitidos durante o hor�rio eleitoral que come�a na ter�a-feira (19). "N�o quero discutir isso agora, vou esperar as coisas se definirem corretamente", disse.