S�o Paulo - A pesquisa Datafolha, feita nos dois dias seguintes ao acidente que matou Eduardo Campos, � "uma fotografia de um momento confuso", segundo o cientista pol�tico e professor do Insper Carlos Melo. "Essa pesquisa, do ponto de vista de previs�o de resultado da elei��o, conta pouco. N�o d� pra saber se � a como��o. Se tivesse sido feita no s�bado e no domingo, talvez os n�meros fossem ainda maiores por conta da como��o", analisa Melo.
Segundo o professor, somente uma pesquisa qualitativa poderia mostrar o quanto de emo��o existe no porcentual atingido por Marina Silva nesse levantamento. "Tem de tudo um pouco nesse crescimento. Eduardo tinha mais abrang�ncia pol�tica, ela tem mais densidade eleitoral, ainda est� abaixo do que j� esteve", comenta Carlos Melo. Para ele, mesmo que os programas de TV dos candidatos explorem a trag�dia e o legado de Eduardo Campos, � inevit�vel que o assunto perca espa�o na m�dia.
Carlos Melo acredita que Marina tem potencial para atingir um patamar maior na corrida eleitoral, o que s� poder� ser verificado quando "a temperatura baixar". "O resultado � razo�vel com o nome que a Marina j� tem, com o momento de impacto da trag�dia. Mas o quanto isso � sustent�vel n�s vamos ter que esperar mais alguns dias", afirmou.