Dilma: queremos continuar a ser um pa�s de classe m�dia

S�o Paulo, 18 - A presidente e candidata � reelei��o pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira, 18, que, a despeito de dados considerados negativos para a economia brasileira atual, a expectativa � de uma melhora no segundo semestre deste ano. Segundo ela, h� duas coisas acontecendo no momento que recha�am o pessimismo. "H� uma melhoria prevista para o segundo semestre e os indicadores antecedentes indicam uma recupera��o", afirmou, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

Questionada sobre n�meros negativos - como previs�o de crescimento abaixo de 1% e com a infla��o perto do teto da meta -, Dilma rebateu e disse aos jornalistas "n�o sei de onde s�o os seus dados". "N�s enfrentamos a crise n�o desempregando, n�o arrochando sal�rios, n�o aumentando tributos", disse.

Dilma afirmou ainda que foi eleita para "dar continuidade aos avan�os do governo Lula". "Ao mesmo tempo preparamos o Brasil para um novo ciclo de desenvolvimento", disse. De acordo com a presidente, o governo petista criou condi��es para que o Brasil d� um salto, colocando a educa��o no centro de prioridades. "Queremos continuar a ser um Pa�s de classe m�dia", afirmou.

A presidente gastou boa parte do tempo da sua entrevista repetindo os n�meros do programa Mais M�dicos, mas reconheceu de que n�o h� d�vida de que � preciso melhorar a sa�de. "N�s tivemos e ainda temos muitos problemas e desafios a enfrentar na sa�de. Acredito que enfrentamos um dos mais graves, pois na sa�de voc� pode ter tudo mas se n�o tiver m�dico, n�o tem atendimento", disse. Segundo Dilma, com o programa Mais M�dicos, 50 milh�es de brasileiros que n�o tinham atendimento hoje t�m. "Tivemos uma atitude muito corajosa."

Dilma usou ainda uma frase similar � utilizada pelo ent�o candidato Eduardo Campos, morto em acidente a�reo na semana passada, para encerrar a sua entrevista. "Eu acredito no Brasil. Todos n�s precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo", afirmou, pedindo voto para que "o Brasil continue avan�ando". Campos, tamb�m na entrevista ao Jornal Nacional, na v�spera de sua morte, finalizou o seu discurso dizendo: "n�o vamos desistir do Brasil". A frase foi inclusive estampada em camisetas e cartazes em seu enterro neste final de semana.

A entrevista com a presidente Dilma, que aconteceria no dia 13, foi cancelada por conta da morte do ent�o candidato do PSB Eduardo Campos. Da mesma forma, Pastor Everaldo (PSC) tamb�m teve sua participa��o adiada da semana que vem para amanh�. A�cio Neves (PSDB) j� participou do programa, no dia 12, assim como o pr�prio Campos, que concedeu entrevista na v�spera do acidente que culminou com sua morte. Assim que o PSB oficializar a escolha de Marina Silva como substituta de Campos, a TV Globo deve convid�-la para comparecer a bancada do Jornal Nacional. A data ainda n�o foi escolhida, mas deve ser na semana que vem.