C�mara Municipal de S�o Paulo instala CPI para investigar contratos da Sabesp

A C�mara Municipal de S�o Paulo instalou nesta quarta-feira comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) para investigar contratos firmados entre a prefeitura de S�o Paulo e a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp). Sem acordo entre os vereadores, a escolha do vice-presidente e do relator da CPI ficou para a pr�xima quarta-feira (27), �s 10h.

Criada no dia 6 deste m�s, a CPI da Sabesp � composta por nove vereadores: La�rcio Benko, candidato do PHS ao governo de S�o Paulo, que presidir� os trabalhos, Paulo Batista dos Reis, do PT, Jos� Police Neto, do PSD, Milton Leite, do DEM, Roberto Tr�poli, do PV, Paulo Frange, do PTB, Nelo Rodolfo, do PMDB, Ari Friedenbach, do PROS, e M�rio Covas Neto, do PSDB.

Segundo os vereadores, o objetivo da comiss�o � investigar por que est� faltando �gua em v�rios pontos da capital paulista. A Sabesp � respons�vel pelo fornecimento de �gua, coleta e tratamento de esgotos de 364 munic�pios do estado de S�o Paulo, atendendo, segundo a pr�pria empresa, cerca de 27,7 milh�es de pessoas abastecidas com �gua e 24,7 milh�es de pessoas com coleta de esgotos. Desde o come�o do ano, a capital paulista e v�rias outras cidades do estado vivem uma crise de abastecimento de �gua.

“Em tese, o PT, por ser a maior bancada, deveria ficar com a relatoria, mas � preciso haver acordo”, explicou o vereador petista Reis. De acordo com Reis, os nomes do relator e do vice-presidente da CPI precisam, al�m da indica��o, ser aprovados em vota��o por pelo menos cinco vereadores.

M�rio Covas Neto disse que pleiteia a relatoria do caso, embora haja um acordo entre os vereadores para evitar que os relatores sejam do PSDB, que comanda o governo estadual, ou do PT, que comanda a prefeitura da capital. “Isso � para n�o ter extremos, n�o ter polariza��o e evitar que se contamine a CPI”, explicou. “Prefiro uma relatoria isenta, do que uma relatoria parcial.”

Indagado se, com a retirada do PT e do PSDB da disputa, a relatoria n�o poderia ficar nas m�os de vereadores que disputam as elei��es deste ano, o que tamb�m poderia provocar uso pol�tico da CPI, Covas Neto concordou. “Ningu�m � isento nisso. Esta � uma casa pol�tica, e cada um tem um olhar sobre isso, mas como h� prazo de dura��o, tanto melhor que as investiga��es n�o sejam contaminadas por uma quest�o eleitoral ou partid�ria”, afirmou. Covas disse preferir que nem seu partido nem o PT assumam a relatoria.