Candidatura de Marina cria situa��o 'nova', diz senador petista

O senador petista Jorge Viana (AC), amigo pessoal h� mais de duas d�cadas da ex-ministra Marina Silva, admitiu nesta quinta-feira que a entrada dela na disputa presidencial cria uma situa��o "absolutamente nova" e � motivo de apreens�o para a candidatura � reelei��o de Dilma Rousseff. "Eu diria que a entrada dela, no m�nimo, acende a luz vermelha no PSDB e a luz amarela no PT", disse.

Primeiro-vice presidente do Senado, Viana disse que a candidatura de Marina estabelece uma disputa direta com o candidato tucano � Presid�ncia, A�cio Neves, e ainda deixa mais clara a possibilidade de realiza��o de um segundo turno na corrida ao Pal�cio do Planalto. Para ele, � "�bvio" que seria melhor disputar um segundo turno contra A�cio Neves. "Se pud�ssemos escolher o advers�rio - quando isso � poss�vel de acontecer na pol�tica � o melhor dos cen�rios -, nosso advers�rio que escolher�amos seria o PSDB. Poder�amos comparar facilmente os oito anos do governo do PSDB com os anos do governo do PT, que trouxeram muito mais conquistas para o povo brasileiro", frisou.

Viana disse que a entrada de Marina n�o acaba com a polariza��o entre petistas e tucanos na corrida eleitoral, porque, na sua avalia��o, ela est� dividida entre o governo e as candidaturas de oposi��o, como � o caso dela. Mas reconhece que a ex-ministra "embaralha" a disputa, uma vez que ela fez parte do governo do PT - foi ministra de Meio Ambiente do governo Lula - e traz ainda "novidades" nos temas que defende em sua pr�tica pol�tica.

O senador petista afirmou que a inten��o de voto da candidata, registrada na pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, n�o tenha sido motivada apenas pela "como��o" com a morte do presidenci�vel Eduardo Campos, v�tima de um acidente a�reo na semana passada. Na sondagem, Marina ficou em empate t�cnico com A�cio no primeiro turno e com Dilma, no segundo. Ele argumentou que, nas elei��es presidenciais de 2010, ela j� tinha alcan�ado cerca de 20 milh�es de votos no primeiro turno. "Eu n�o tenho nenhuma d�vida que � motivo de muita preocupa��o do PSDB e aten��o de n�s tamb�m", reafirmou Viana. Ele disse que a campanha do PT vai defender o que foi feito nos 12 anos dos governos Lula e Dilma e que a entrada de Marina "qualifica" mais o debate presidencial.