MPE quer For�as Armadas para garantir elei��es no Rio

Com as crescentes den�ncias de que traficantes e milicianos estariam proibindo campanhas de candidatos em favelas do Rio - um problema que se repete a cada processo eleitoral no Estado -, inclusive com a tentativa de cobran�a de "ped�gios", o Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) j� considera insuficiente a seguran�a da Pol�cia Militar para garantir a continuidade das elei��es. Para o procurador regional eleitoral do Rio, Paulo Roberto B�renger, se faz necess�ria a presen�a das For�as Armadas.

"Na minha opini�o e do Minist�rio P�blico Eleitoral, j� se configura a necessidade de pedido de tropas militares. Somente a for�a do Estado do Rio n�o � suficiente para assegurar a paz e continuidade do processo eleitoral", disse o procurador. B�renger, entretanto, quer esperar pelo posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), cuja plen�ria acontece na pr�xima segunda-feira. Embora a procuradoria possa fazer a requisi��o, cabe ao TRE-RJ a decis�o de solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o envio das tropas federais.

O TRE-RJ n�o descarta o pedido, mas, assim como o MPE, quer aguardar um relat�rio que o secret�rio de Seguran�a do Rio, Jos� Mariano Beltrame, se comprometeu a entregar nesta sexta-feira, 22, sobre as den�ncias. Esta semana, Beltrame se reuniu com MPE e TRE-RJ. No encontro, segundo a procuradoria, o secret�rio afirmou que vem apurando o poss�vel envolvimento de associa��es de moradores na divulga��o de "rumores infundados de que tem sido vetada a campanha de candidatos sem acordos com traficantes ou mil�cias".

Entretanto, o TRE-RJ confirmou ter recebido den�ncias, a Pol�cia Civil informou que h� investiga��o sobre o assunto na 44ª DP (Inha�ma) e at� o governador do Rio e candidato � reelei��o, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), reconheceu esta semana que traficantes e milicianos t�m "reagido" � sua candidatura. "Tenho recebido diversos relatos, de diversas pessoas, que mandam apagar meu n�mero, minhas placas. Mas estou tranquilo. N�o deixo de ir a lugar nenhum", afirmou.

Os problemas chegam at� �s comunidades que contam com Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs). Na ter�a-feira � noite, ao checar informa��es de que placas de candidatos - entre eles, o governador - estariam tendo nomes e n�meros pintados de preto no complexo de favelas do Lins, na zona norte, PMs da UPP local foram alvos de disparos de criminosos. Houve troca de tiros e um grupo ateou fogo no lixo para impedir a passagem das viaturas. O policiamento teve de ser refor�ado.

Tamb�m candidato ao governo, Lindberg Farias (PT) afirmou, ap�s agenda de campanha na semana passada, que "h� �reas dominadas pela mil�cia no Rio onde s� candidatos do PMDB podem entrar". Anthony Garotinho (PR), por meio de sua assessoria de imprensa, negou ter sofrido qualquer tipo de problema nesse sentido. Presidente do PSB no Rio, onde Rom�rio lidera as pesquisas para o Senador, Glauber Braga informou n�o ter recebido esse tipo de reclama��o de nenhum dos candidatos do partido.