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Estado de Minas

Luciana defende imposto sobre grandes fortunas


postado em 22/08/2014 19:07 / atualizado em 22/08/2014 19:28

S�o Paulo - A candidata do PSOL � Presid�ncia da Rep�blica, Luciana Genro, disse nesta sexta-feira, na s�rie Entrevistas Estad�o, que se eleita mudar� o atual sistema econ�mico baseado no trip� macroecon�mico (metas de infla��o, c�mbio flutuante e rigor fiscal), pois este � um modelo que tem apenas favorecido "o capital". "Mesmo num per�odo de crise, os bancos aumentaram os lucros. H� uma financeiriza��o da economia muito grande, com gastos absurdos com a d�vida p�blica", disse.

Segundo a candidata, o principal problema brasileiro � o gasto com o pagamento da d�vida p�blica. "O que o Brasil gasta com a previd�ncia social � o mesmo valor do que se gasta com a d�vida p�blica. N�s achamos que � necess�rio uma auditoria da d�vida p�blica para investigar inclusive irregularidades j� apontadas, um preceito da Constitui��o que nunca foi cumprido", disse Luciana. "Estamos dizendo claramente de onde vamos tirar dinheiro", afirmou, ressaltando que suspenderia o pagamento da d�vida e faria uma reforma tribut�ria.

Para Luciana, a pol�tica econ�mica precisa atender os interesses da maioria da popula��o. "N�s propomos uma revolu��o na estrutura tribut�ria, onde hoje quem paga mais � o pequeno trabalhador assalariado", afirmou. Segundo ela, durante o hor�rio eleitoral todos prometem uma s�rie de mudan�as e ningu�m diz de onde vai tirar o dinheiro. A candidata defendeu ainda que a taxa��o de imposto sobre grandes fortunas acima de R$ 50 milh�es declarados. "A pr�pria Receita deve ter uma forma de fiscaliza��o mais forte, aprimorando o controle sobre o patrim�nio. Tamanha � a concentra��o de renda no Pa�s, temos 15 fam�lias que acumulam a riqueza que equivale a dez vezes o que se gasta com o Bolsa Fam�lia, ou seja, 260 bilh�es de reais", disse Luciana.

Questionada se isso n�o poderia levar o patrim�nio para outros pa�ses, Luciana afirma que isso pode acontecer. "Mas hoje os principais pa�ses do mundo t�m impostos muito mais fortes sobre patrim�nio do que sobre consumo e sobre sal�rio. � um projeto de lei que precisa do aval do Congresso, mas � uma medida de urg�ncia", diz a candidata.

Bolsa Fam�lia


A candidata defendeu o Bolsa Fam�lia, mas destacou que o volume de investimento para o programa � muito pequeno. "Hoje o investimento � de cerca de 0,5% do PIB. O valor tamb�m n�o � atualizado desde a �poca do Lula." Para ela, o programa tem de ser visto como uma situa��o transit�ria. Eu n�o s� manteria, como aumentaria, o valor do Bolsa Fam�lia", completou. J� participaram da Entrevistas Estad�o os candidatos do PV, Eduardo Jorge, e do PSC, Pastor Everaldo.

Ela disse tamb�m que as metas de controle da infla��o s�o feitas, desde o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, com base em um acordo com o FMI, que prev� a utiliza��o da taxa Selic. "Nos �ltimos 20 anos, uma parte significativa da infla��o foi resultado dessas tarifas administradas pelo governo. � preciso ter um maior controle dessa parte da economia, o que a Dilma vem fazendo mais ou menos nos �ltimos anos", emendou. "O Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo e n�o est� segurando a infla��o."

Ela defendeu uma mudan�a em rela��o � pol�tica para os alimentos, com maior produ��o para consumo interno do que para a exporta��o. Questionada sobre a reforma agr�ria, disse que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra � o que tem mais propriedade para cuidar deste tema. E criticou o que considerou a concentra��o de terra gigantesca no Brasil. Apesar da cr�tica, disse que ningu�m vai sair expropriando terra do dia para a noite. E defendeu a necessidade de se abrir um di�logo com a popula��o brasileira sobre se � justo manter essa atual concentra��o de terras no Brasil.

Modelo


Segundo ela, o pa�s tem hoje um modelo agr�cola voltado para commodities e para exporta��o. "� necess�ria a reforma agr�ria nessas terras que n�o correspondem � sua fun��o social, como os grandes latif�ndios", frisou. E disse crer que, para baixar a infla��o dos alimentos, "� preciso tornar a terra mais produtiva para consumo interno".

Luciana � a terceira candidata ao Pal�cio do Planalto a participar da s�rie Entrevistas Estad�o, que tamb�m j� recebeu os principais candidatos ao governo de S�o Paulo. A transmiss�o � feita pelo portal estadao.com.br e pelo canal do Estad�o no YouTube. J� participaram os candidatos do PV, Eduardo Jorge, e do PSC, Pastor Everaldo. Na pr�xima quarta-feira, 27, ser� a vez do presidenci�vel do PSDB, senador A�cio Neves, cuja entrevista ser� realizada no audit�rio do Grupo Estado.


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