Dilma diz que pretende ir a quatro ou cinco debates

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff afirmou nessa segunda-feira que sempre se prepara para os debates eleitorais e que considera sua obriga��o chegar bem informada a esses eventos para "responder as perguntas da melhor forma". Ela disse ainda que deve participar de quatro ou cinco debates. O primeiro debate com os candidatos a presidente da Rep�blica, da Rede Bandeirantes, acontece neste ter�a-feira � noite.

Ela falou tamb�m que n�o fez coment�rios sobre a quest�o da presta��o de contas do jatinho utilizado por Eduardo Campos, ent�o candidato do PSB � Presid�ncia que morreu em 13 de agosto em um acidente a�reo. Dilma disse que n�o est� acompanhando o caso, mas afirmou que os candidatos precisam "inexoravelmente dar explica��o de tudo". "N�o estou acompanhando isso e n�o � objeto do meu mais profundo interesse", disse Dilma, em coletiva de imprensa realizada hoje no Pal�cio da Alvorada, em Bras�lia.

A Pol�cia Federal apura a origem do dinheiro para a compra da aeronave utilizada por Campos. Tamb�m pairam suspeitas sobre outro avi�o usado pelo ent�o candidato. Os gastos em rela��o aos dois jatinhos n�o estavam descritos na primeira presta��o de contas do PSB relacionadas � campanha de 2014.

Tesouro

A presidente Dilma falou tamb�m que h� uma "politiza��o" da discuss�o envolvendo repasses do Tesouro para bancos p�blicos e pediu que a quest�o seja tratada sem "paix�es pol�ticas" e "eleitorais". O secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que "n�o h� nenhum atraso entre o Tesouro e a Caixa para o Minha Casa, Minha Vida e outros programas". "Se a Caixa eventualmente demora ou n�o, eu n�o sei. N�o tem nada a ver conosco", afirmou Augustin, quando questionado sobre a cria��o de uma C�mara de Arbitragem e Concilia��o na AGU para mediar a quest�o dos atrasos entre Caixa, Tesouro e Banco Central. Questionada sobre o assunto, Dilma respondeu que a quest�o n�o � um debate do governo, mas da "imprensa com o governo".

"Dentro do governo n�s sabemos como � que funciona a libera��o de recursos. Eu j� respondi sobre isso e reitero a minha resposta anterior, que � a seguinte: voc� tem um processo de pagamento que implica em todo um ritual, esse ritual tem de ser cumprido porque, caso contr�rio, ou voc� paga errado ou voc� paga mal. O que eu acho � que n�s vivemos um momento de campanha eleitoral e isso tende a politizar processos t�cnicos que antes sempre ocorreram e nunca foram politizados", disse a presidente.

O Minist�rio P�blico (MP) junto ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pediu na semana passada uma investiga��o do �rg�o no Banco Central e Tesouro Nacional para apurar as chamadas "pedaladas fiscais" nos repasses do governo aos bancos respons�veis pelos pagamentos de benef�cios sociais e previdenci�rios.

As "pedaladas" s�o os atrasos do Tesouro na transfer�ncia de recursos aos bancos, que, por lei ou contrato, continuam pagando em dia os benefici�rios. O Minist�rio P�blico v� poss�vel "maquiagem" no c�lculo das contas p�blicas federais.

"Acho que para um presidente da Rep�blica � intr�nseco se preocupar com a gest�o, porque se n�o se preocupar com a gest�o, esse presidente da Rep�blica est� querendo ser ou rei ou rainha da Inglaterra", prosseguiu. "Ent�o como a gente n�o pode ser rei ou rainha da Inglaterra, eu me preocupo com a gest�o. Eu me informei sobre isso, a informa��o que eu tenho � que trata-se de processos similares a que ocorrem em outros momentos. Sugiro que a gente trate dessa quest�o sem as paix�es pol�ticas, eleitorais", concluiu a petista.

Com Ag�ncia Estado