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Estado de Minas

Petrobras refor�a defesa de compra de Pasadena


postado em 26/08/2014 19:01 / atualizado em 26/08/2014 19:26

Sob o risco de ter sua presidente responsabilizada pelo preju�zo de US$ 793,2 milh�es causados com a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, a Petrobras refor�ou nos �ltimos dias a divulga��o de esclarecimentos sobre o neg�cio, defendido pela sua executiva. Nesta quarta-feira, 27, o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) poder� decidir se inclui ou n�o a presidente Gra�a Foster entre os respons�veis e se ela ter� seus bens bloqueados como outros diretores e ex-diretores j� inclu�dos no processo.

Desde a �ltima sexta-feira, dia 22, a companhia vem refor�ando a divulga��o de um extenso comunicado detalhando o processo de negocia��o e compra, amplificando a vers�o apresentada pela executiva em seus depoimentos �s comiss�es parlamentares que investigam o tema no Congresso. Al�m da publica��o no site, a distribui��o do material tem sido reproduzida diariamente nesta semana, pr�tica incomum na comunica��o institucional da companhia.

De acordo com a vers�o publicada no site da Petrobras, a compra era considerada "potencialmente boa" e no primeiro semestre de 2014 obteve lucro de US$ 73 milh�es. "A refinaria est� em plena atividade, tem capacidade de refino de 100 mil barris por dia e, no momento, opera de forma rent�vel com petr�leo leve dispon�vel nos Estados Unidos a partir do crescimento da produ��o local de �leo n�o convencional (tight oil)", diz o comunicado.

O comunicado avalia ainda que os preju�zos contabilizados com o neg�cio ocorrem em fun��o da "crise econ�mica mundial". Assim, "um neg�cio potencialmente bom transformou-se em um empreendimento com baixo retorno, o que levou inclusive ao reconhecimento cont�bil de perdas de US$ 530 milh�es, as quais podem ser revertidas no futuro".

O TCU estima em US$ 793,2 milh�es os preju�zos causados aos cofres p�blicos com a compra da refinaria. Nesta quarta, ser� a terceira vez em que o tribunal colocar� em pauta a vota��o da responsabilidade de Gra�a Foster na negocia��o de Pasadena, como integrante da diretoria executiva da companhia. Se a presidente for responsabilizada, ela ter� seus bens bloqueados, assim como outros executivos, para garantir o ressarcimento da companhia pelos preju�zos.

Ap�s a indica��o de que a executiva seria citada no processo, o governo articulou com a Advocacia Geral da Uni�o a defesa de Gra�a Foster, argumentando que o bloqueio de seus bens inviabilizaria sua perman�ncia no cargo. A posi��o levou o Conselho de Administra��o da companhia a divulgar uma nota em que rejeitava a possibilidade de sa�da de Gra�a Foster do comando da estatal.

Al�m dos "esclarecimentos" quanto � negocia��o controversa, a Petrobras comemorou o julgamento favor�vel do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tr�s a��es, que pediam a suspens�o de pe�as publicit�rias, questionadas por partidos de oposi��o como campanha eleitoral irregular. As a��es foram julgadas entre julho e agosto, quando foram rejeitados os pleitos para que campanhas relacionadas � produ��o do Pr�-sal fossem retiradas. Por outro lado, levantamento no site do TSE indica que ainda existem duas decis�es contr�rias � companhia e outras duas seguem pendentes de decis�o dos ministros, tamb�m por viola��o � legisla��o eleitoral.

A defesa da negocia��o ocorre tamb�m no momento em que a companhia � alvo de forte especula��o no mercado financeiro com as expectativas de mudan�a no cen�rio eleitoral. Desde a �ltima semana, com a confirma��o da candidatura de Marina Silva (PSB), a companhia est� em trajet�ria de alta nas a��es.


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