Bras�lia – O PSB reconheceu, por meio de nota oficial, que os empres�rios pernambucanos Jo�o Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira autorizaram o uso da aeronave prefixo PR-AFA pela campanha eleitoral do ent�o candidato a presidente Eduardo Campos. O jato, que caiu dia 13, em Santos (SP), matando Campos, quatro assessores, piloto e co-piloto, n�o foi declarado � Justi�a Eleitoral na primeira presta��o de contas. O neg�cio, que envolve empres�rios, o filho do ex-deputado pernambucano Luiz Piauhylino, Luiz Piauhylino Monteiro Filho, e empresas fantasmas, segue sem ser explicado pelo PSB.
Jo�o Carlos Lyra diz que tomou emprestado R$ 727,8 mil da empresa Ele Leite Ltda. O empres�rio n�o mencionou o valor que emprestou do filho do seu padrasto, o advogado Luiz Piauhylino Filho. A Bandeirantes pertence ao empres�rio Apolo Santana Filho. Ele informou, em nota, que chegou a ter interesse pelo avi�o, mas que o neg�cio n�o foi adiante. O mesmo empres�rio � dono de outro jato que tamb�m j� foi usado por Eduardo Campos durante a campanha presidencial.
No texto, assinado pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, a sigla afirma que pretendia “proceder � contabiliza��o ao t�rmino da campanha eleitoral, quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final”. Ainda de acordo com o comunicado, o partido atesta que h� dificuldades para recolher os documentos necess�rios para os devidos esclarecimentos. “A trag�dia, com o falecimento, inclusive, de assessores, imp�s conhecidas altera��es tanto na dire��o partid�ria quanto na estrutura e comando da campanha, donde as dificuldades enfrentadas no levantamento de todas as informa��es que s�o devidas aos nossos militantes e � sociedade brasileira.”
INVESTIGA��O A Pol�cia Federal comunicou na manh� de ontem que instaurou inqu�rito policial apenas para apurar as causas do acidente da aeronave prefixo PR-AFA. “A PF esclarece que investiga��es sobre crimes eleitorais s� podem ser iniciadas ap�s requisi��o ou autoriza��o da Justi�a Eleitoral”, atesta a nota.
A assessoria de comunica��o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destacou que a campanha de Campos poderia prestar contas em rela��o ao avi�o no fim da campanha. O PSB n�o informou na nota como o jato seria declarado j� que, de acordo com as regras eleitorais, a doa��o da aeronave s� poderia ter sido feita por uma empresa de t�xi-a�reo. A A.F. Andrade encontra-se em processo de recupera��o judicial.
Um dia antes de o PSB divulgar a nota sobre o uso do avi�o, Marina Silva mencionou que os documentos estavam sendo recolhidos pela legenda. “Esse � um esfor�o que o partido est� fazendo, com o termo de responsabilidade que temos que ter numa quest�o dessas. O partido est� juntando as informa��es e, no momento oportuno, dar� explica��es � sociedade.”
"A trag�dia, com o falecimento, inclusive, de assessores, imp�s conhecidas altera��es tanto na dire��o partid�ria quanto na estrutura e comando da campanha, donde as dificuldades enfrentadas no levantamento de todas as informa��es que s�o devidas aos nossos militantes e � sociedade brasileira" - Trecho da nota do PSB