Marina � 'FHC de saias', diz l�der do PT no Senado

O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez nesta ter�a-feira um duro discurso no qual chamou a candidata do PSB � Presid�ncia e ex-colega de partido, Marina Silva, de um "FHC de saias". O petista acusou Marina de agir como um "p�ndulo", que se bandeia para um lado e outro, e que "vai baixar a cabe�a ao mercado financeiro, deixando a pol�tica neoliberal novamente aumentar juros e voltar a infla��o". "A proposta de Marina � deixar que a m�o do mercado regule tudo. � dar autonomia total ao Banco Central, coisa que nem o Fernando Henrique deu. Ela, agora, prop�e deixar que os tecnocratas assumam as r�deas do pa�s. � dar prioridade � infla��o m�nima, como aconteceu no governo passado, chegando a 45%", criticou Costa, em discurso da tribuna do Senado.

Para o petista, Marina � uma alegoria criada para ser vendida como novidade, mas tal alegoria "se travestia de velhas pol�ticas". Ele criticou o que considera de alian�as eleitorais de conveni�ncia e disse que as "raposas" est�o l�. Citou o apoio de Paulo Bornhausen, candidato ao Senado pelo PSB e filho do ex-senador Jorge Bornhausen, cr�tico contumaz do PT.

No pronunciamento, Humberto Costa, que tamb�m � coordenador da campanha � reelei��o de Dilma Rousseff em Pernambuco, explorou as incongru�ncias de Marina. Disse que ela n�o aceita doa��es de empresas da ind�stria de armas enquanto o tesoureiro do PSB, M�rcio Fran�a, n�o faz qualquer restri��es a repasses. Destacou que ela n�o conseguiu criar seu pr�prio partido, o Rede Sustentabilidade, e n�o tem o controle da legenda que a hospeda provisoriamente, o PSB. "Que controle teria ela sobre um eventual governo? O que quero chamar aten��o � para o risco dessas incongru�ncias, a pr�tica de pregar uma coisa e fazer outra. Essa atitude pol�tica camale�nica que n�o se sabe, de fato, o que esconde. � uma pol�tica err�tica, sem lado", disse, ao ironizar que at� um vereador de Goi�s conseguiu construir um partido nacional - numa refer�ncia indireta a Eur�pedes Junior, presidente do PROS.

O petista disse que Marina, se vencer, n�o teria "ningu�m para governar". "N�o teria base nesse Congresso, n�o teria aliados", afirmou. "O governo usaria a popula��o como instrumento de press�o sobre o Legislativo. Transformar isso em forma de governabilidade � um equ�voco absoluto", afirmou. Costa criticou ainda a pol�tica de alian�as, citando que, por um lado, recrimina apoio do PSB, mas o tesoureiro do partido � candidato a vice do governador tucano, Geraldo Alckmin, assim como ela recrimina o PT, mas no Rio seu partido apoio a candidatura ao governo de Lindbergh Farias. E destacou que o programa de governo de Marina � a "s�ntese dessas contradi��es", ao citar que o conjunto de promessas n�o aguentou 24 horas em p�.