
O �ltimo m�s da campanha ao governo de Minas Gerais promete acirrar os �nimos entre os dois candidatos que polarizam a disputa, os ex-ministros do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior Fernando Pimentel (PT) e das Comunica��es Pimenta da Veiga (PSDB). Atr�s nas pesquisas de inten��o de voto, os tucanos s�o os que mais falam em mudan�as no tom e no volume da campanha nas pr�ximas quatro semanas. J� os petistas v�o manter a aposta nas cr�ticas aos 12 anos de governo do PSDB no estado e pretendem intensificar a presen�a nas ruas.
Para o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, o “ajuste” de estrat�gia vai dar mais �nfase � defesa do “legado” vinculado aos ex-governadores A�cio Neves e Antonio Anastasia, que hoje tem sequ�ncia com Alberto Pinto Coelho (PP) � frente do governo. De acordo com o parlamentar, n�o houve energia suficiente neste sentido. Esse foi um dos motivos que levaram o ex-secret�rio Danilo de Castro (PSDB) a assumir a coordena��o pol�tica. A ideia � inflar a participa��o de prefeitos e deputados como cabos eleitorais – para isso, o senador A�cio Neves (PSDB) se reuniu com v�rios deles na quinta-feira em Belo Horizonte e pediu: “� preciso haver uma vincula��o maior dos nossos companheiros na defesa do que foi feito em Minas”. O presidenci�vel, ali�s, promete ampliar a presen�a no estado no �ltimo m�s de campanha.
Outro ponto que vai mudar nos programas eleitorais � o que os tucanos chamam de combater as mentiras de Pimentel. “Ele diz que vai desenvolver Minas, mas, quando ministro, tirou o polo acr�lico de Ibirit� e o levou para a Bahia e a f�brica da Fiat foi para Pernambuco. Deixou a ind�stria arrasada, os piores d�ficits comerciais e o PIB (Produto Interno Bruto) negativo. Como pode ser bom de servi�o?”, questiona Pestana.

De acordo com dirigente tucano, trata-se de politizar a campanha. “Essa mania de propostinha e abra�ar o povo � do marketing brasileiro. Na Argentina, um marqueteiro me falou que � pancada para todo o lado e ganha quem ficar de p�. Nos Estados Unidos, os republicanos e democratas compram comerciais de TV para falar mal um do outro, n�o tem essa coisinha daqui”, afirmou, indicando que a campanha deve adotar postura semelhante.
Do lado do PT, o presidente da legenda, Odair Cunha, diz que n�o vai haver muitas mudan�as. “Claro que pretendemos intensificar nossas caminhadas e o contato com pessoas nas mais diversas regi�es do estado. O que se tem em vista � ampliar as atividades de rua”, afirmou. Cunha disse que, na campanha petista, n�o h� espa�o para “porradaria” ou baixaria. Segundo ele, os programas v�o continuar apresentando projetos para o estado e apontando defeitos na gest�o tucana � frente do governo de Minas.
De acordo com Odair Cunha, n�o se trata de mentiras, mas de constata��es. “O cidad�o mineiro sabe que as cr�ticas que estamos fazendo n�o s�o vazias, s�o baseadas em constata��es que estamos tendo no estado. Mostramos, por exemplo, a diferen�a do ICMS no combust�vel de S�o Paulo e de Minas Gerais. Quem vive aqui muitas vezes aproveita e vai abastecer no outro estado porque l� o pre�o � menor”, afirmou.
O dirigente petista citou ainda os cidad�os dependentes do Sistema �nico de Sa�de que, segundo ele, enfrentam dificuldades quando precisam fazer exames de especialidades m�dicas no interior. “� uma constata��o”, afirmou. Sobre a artilharia preparada pelos principais oponentes de Pimentel, o presidente do PT diz que o partido n�o est� preparado “para baixaria”, mas para “fazer um bom debate de programa de governo para o estado”.
Corpo a corpo Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga fizeram campanha ontem no Sul de Minas. O candidato petista viajou a Tr�s Cora��es e Alfenas. Ele disse que pretende fazer um governo regionalizado, com mais investimentos em educa��o. O candidato do PSDB esteve em Varginha. Conversou com comerciantes e prometeu, se eleito, duplicar a rodovia que liga a cidade � BR-381 e a que liga o munic�pio a Tr�s Pontas. Sobre o caf�, a principal fonte de renda da regi�o, Pimenta prometeu apoio aos produtores.