S�o Paulo, 06 - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) comentou as den�ncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que sugerem envolvimento de pol�ticos do PMDB em um esquema de recebimento de propinas em contratos da estatal. Em coletiva � imprensa em Macei�, Temer afirmou que o caso n�o fere o partido "enquanto institui��o" e ter� efeito "zero" para a campanha de reelei��o de Dilma Rousseff (PT).
"O PMDB, enquanto institui��o, n�o tem nada a ver com isso", afirmou. "A chamada dela��o premiada tem esses problemas, lan�a nomes etc. Ainda bem que est� no STF. Quem vai conduzir isso � um ministro da melhor qualifica��o moral, intelectual e profissional", disse, referindo-se ao ministro Teori Zavascki, que deve homologar o acordo de dela��o premiada. "Isso precisa ser levado com muito cuidado, com muita calma para que n�o haja acusa��es que possam vir a ser infundadas", afirmou na entrevista, cujo �udio foi compartilhado em sua conta oficial no Twitter.
Temer afirmou que, agora, � preciso apurar os fatos e se a fala de Costa foi "respons�vel ou irrespons�vel". "Precisa ser apurado. O Brasil � assim, uma democracia � assim. Quando h� fatos, � preciso apurar", disse.
Sobre a perspectiva para o PMDB nesta elei��o, Temer disse que o partido tem chances de "fazer muitos governadores, uma grande bancada de deputados e senadores", al�m de se reeleger no plano nacional. Ele tamb�m comentou a entrada de Marina Silva (PSB) na disputa presidencial.
"N�o � surpreendente que ela tenha uma vota��o expressiva", afirmou Temer, lembrando que, em abril, Marina aparecia com 27% das inten��es de voto segundo pesquisa do Datafolha. "Agora evidentemente, ao longo desta campanha no primeiro turno e eventualmente no segundo turno, Dilma vai revelar tudo aquilo que n�s fizemos pelo Pa�s", afirmou. "Costumo dizer que temos o maior tempo de televis�o, mas acho que isso � insuficiente para mostrar tudo o que fizemos pelo Pa�s."
Para Temer, o problema de Marina � que ela fala "generalidades". "Vejo que ela quer somar a atividade social do governo Lula em diante e os planos econ�micos do governo FHC. Hoje mesmo li um editorial dizendo que isso � imposs�vel, que as coisas n�o casam", disse. "Voc� tem que fazer uma coisa mais que a outra. Penso que deve haver um aprofundamento desta quest�o."
O vice-presidente tamb�m disse considerar "imposs�vel" e "perigoso" governar com membros do PT e do PSDB, como Marina vem sugerindo. "Voc� pode at� criticar, como eu critico o grande n�mero de partidos pol�ticos, mas n�o pode desprezar a institui��o pol�tico-partid�ria", disse aos jornalistas. "Claro que, nos partidos, voc� pode escolher boas pessoas, mas desde que aliados ao governo. Fora da�, n�o vejo como governar."