Planalto teme preju�zo � campanha de Dilma por cauas de dela��es de ex-diretor da Petrobras

Bras�lia, 07 - As revela��es feitas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s, provocaram apreens�o no comando da campanha da presidente Dilma Rousseff e no Pal�cio do Planalto. Embora o discurso oficial seja o de minimizar as den�ncias feitas por Costa, sob o argumento de que ele n�o apresentou provas, ministros e dirigentes do PT temem que o esc�ndalo empurre Dilma para uma agenda negativa, a menos de um m�s da elei��o.

A presidente foi surpreendida na sexta-feira com o teor da dela��o premiada de Costa, que acusou tr�s governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados de cinco partidos, incluindo os do PT e do PMDB, de receberem dinheiro desviado da Petrobr�s. Pediu informa��es ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, mas ele n�o teve acesso ao depoimento de Costa.

Contrariada com Cardozo, Dilma convocou ent�o uma reuni�o de emerg�ncia, no Pal�cio da Alvorada, com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para avaliar o impacto das den�ncias em sua campanha.

O diagn�stico no governo � o de que as acusa��es de Costa, se comprovadas, t�m potencial para provocar um terremoto pol�tico na base aliada do governo, mas tamb�m na campanha de Marina Silva (PSB).

Para fragilizar Dilma, o candidato do PSDB, A�cio Neves, reagiu r�pido e chamou as den�ncias de “mensal�o 2”, numa refer�ncia ao esc�ndalo de corrup��o que marcou o governo Lula.

A coordena��o da campanha de Dilma orientou a presidente a n�o ficar na defensiva. Foi por isso que ela deu entrevista ontem sobre o assunto. O depoimento de Costa pode derrubar, ainda, a estrat�gia do PT de colar nos advers�rios o carimbo de “inimigos da Petrobr�s”.

Dilma presidiu o Conselho de Administra��o da estatal na �poca da compra da refinaria de Pasadena (EUA). � PF, Costa disse que houve pagamento de propina nesse neg�cio. As informa��es s�o do jornal