Bras�lia - Em resposta � candidata do PSB � Presid�ncia, Marina Silva, acusada de querer acabar com o Minist�rio do Esporte, a presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou encontro com jovens atletas ol�mpicos e paraol�mpicos nesta sexta-feira, 19, para exaltar programas do governo e destacar o papel da pasta na formula��o de pol�ticas p�blicas para a �rea.
Na semana passada, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou uma nota dizendo ter ficado "estarrecido e seriamente preocupado" com uma declara��o de Marina, que, segundo ele, "admitiu a possibilidade de acabar com o Minist�rio do Esporte, a dois anos da realiza��o dos Jogos Ol�mpicos e Paraol�mpicos do Rio de Janeiro".
Hoje, mais cedo, o coordenador geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, disse que Marina n�o pretende acabar com o Minist�rio do Esporte caso eleita. Segundo o coordenador, a especula��o n�o teria fundamento, sendo mais um boato ventilado pelos advers�rios.
"Acredito que houve maior foco na quest�o do esporte quando se criou o Minist�rio dos Esportes. N�o s� houve maior foco, mas � ineg�vel que o Minist�rio do Esporte, sob a lideran�a do Aldo (Aldo Rebelo, ministro do Esporte) e a equipe dele, cuidaram para que o Brasil tivesse uma pol�tica para o esporte no Brasil", disse Dilma, durante a solenidade no Pal�cio do Planalto.
"Vou lembrar todas as bolsas diferenciadas que n�s temos, desde a bolsa para, justamente, o atleta nacional, o jovem atleta, passando por todas as demais, a Bolsa Internacional para o atleta internacional e a Bolsa P�dio. Vou lembrar tamb�m aqui o Brasil Medalhas. O Brasil Medalhas que eu tenho muito orgulho, viu? De estarmos construindo v�rios centros ol�mpicos e paraol�mpicos."
O candidato do PSDB � Presid�ncia, A�cio Neves, tem defendido um corte no n�mero de minist�rios -- atualmente, s�o 39 --, mas ainda n�o deu nenhuma sinaliza��o de extinguir o Minist�rio do Esporte, informou sua campanha.
Coopera��o
Dilma destacou o esp�rito de coopera��o que deve marcar as atividades de esporte coletivo e chegou at� a citar o papa Francisco, que em carta enviada para a abertura da Copa do Mundo disse que n�o se pode ser "fominha".
"At� como disse o nosso papa Francisco na carta que ele manda para a abertura da Copa do Mundo, ele diz, eu achei at� muito interessante, ele diz que a gente n�o pode ser fominha. Fominha no sentido de que n�o tenha aquele desempenho individual s�, mesmo diante de um grande atleta. Desperta, tamb�m, eu acho, esse esp�rito de comunh�o e de fraternidade, o esporte", comentou a presidente.
Retrocesso
Em um outro discurso de teor pol�tico, o presidente do comit� paraol�mpico brasileiro, Andrew Parsons, disse que a atual gest�o do minist�rio "foi muito importante" para o desenvolvimento do esporte como um todo e que "a gente n�o pode retroceder".
Parsons disse ainda que o movimento paraol�mpico est� "de dedos cruzados" esperando que nos pr�ximos anos seja mantido "o Minist�rio do Esporte exclusivo" porque o esporte ol�mpico e paraol�mpico brasileiro "merecem".
Ao final da r�pida solenidade no Planalto, Dilma repetiu um roteiro que vem cumprindo � risca nesta campanha: fez quest�o de cumprimentar cada um dos atletas e posou para fotos com alguns deles. Depois, seguiu para o Pal�cio da Alvorada, onde concedeu coletiva de imprensa.