A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em com�cio na zona sul de S�o Paulo, que o programa Bolsa Fam�lia vai acabar se seus advers�rios forem eleitos. A duas semanas da vota��o em 1.º turno, a petista vocalizou uma estrat�gia de sua campanha. "Faltam poucos dias para a elei��o e, neste momento, o clima fica um pouco quente e n�s sabemos que come�a uma s�rie de mentiras e boatos falsos por a�", disse a presidente no palanque. "Tem uns que dizem que o Bolsa Fam�lia, nosso programa mais importante, o programa que n�s consideramos o mais forte para reduzir pobreza e desigualdade, junto com emprego e aumento de sal�rio, vai acabar. Vai acabar se eles forem eleitos", afirmou Dilma.
Nos programas eleitorais na TV, a campanha petista tem colocado mensagens indicando que advers�rios podem acabar com o Bolsa Fam�lia, em especial Marina Silva (PSB), mas esse discurso geralmente n�o aparece na boca de Dilma. Marina chegou a responder com uma pe�a que reproduz um recente discurso em Fortaleza (CE). Com a voz embargada e l�grimas nos olhos, a candidata do PSB conta um epis�dio de sua inf�ncia, no qual passou fome, e se dirige a Dilma, afirmando que, por isso, jamais acabaria com o programa.
Em Campinas, onde cumpriu agenda ontem, Marina voltou a garantir que, se eleita, n�o vai acabar com os programas sociais do atual governo, como o Bolsa Fam�lia e o Minha Casa Minha Vida. "N�s vamos manter as coisas boas, mas n�o vamos ser complacentes com o que est� errado, como a corrup��o, o apadrinhamento pol�tico."
'Soy yo'
Dilma participou pela manh� de passeata no bairro Santo Amaro, na zona sul da capital, com candidatos petistas no Estado. Ela voltou a insinuar que os advers�rios estariam dispostos a flexibilizar a Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT). A deixa para falar sobre o assunto partiu de um questionamento de uma rep�rter da campanha petista sobre se, no caso da vit�ria dos rivais, os direitos trabalhistas estariam amea�ados. "S�o conquistas hist�ricas, algo que conquistamos e que vamos defender."
Ao chegar, a presidente foi ao encontro da imprensa. Quando os jornalistas tentaram fazer a primeira pergunta, ela interrompeu: "Meu querido, quem come�a falando soy yo. O primeiro minuto � meu e vou falar sobre educa��o infantil." Ap�s uma fala que durou cerca de 20 minutos, disse que estava � disposi��o dos rep�rteres, mas a �nica pergunta respondida foi a da jornalista da campanha.