Recife - O filho mais velho de Renata e Eduardo Campos, Jo�o Campos, de 20 anos, estreou na campanha eleitoral de Pernambuco com seu apoio ao candidato ao governo pelo PSB, Paulo C�mara, nos �ltimos dias. Em palanque, o rapaz refor�ou anteontem o legado pol�tico do pai, morto em acidente a�reo em agosto. “Meu pai n�o deixou uma heran�a, pois esta, quando dividida, pode se acabar. Ele deixou um legado, que, quanto mais o dividirmos, mais crescer�, espalhando-se pelo Brasil todo”, disse Jo�o em Barreiros, ao lado de C�mara, a quem tratou como “o capit�o” do time de craques do qual Campos era o t�cnico. “Paulo C�mara era o jogador que assumia a responsabilidade em campo e resolvia quando o jogo ficava dif�cil”, comparou.
No programa eleitoral da televis�o, a vi�va Renata Campos assegura que C�mara tem “total capacidade” para levar adiante o legado deixado pelo ex-governador de Pernambuco. Como fiadora das escolhas do ex-presidenci�vel, tamb�m pede voto para o candidato a senador, Fernando Bezerra Coelho (PSB). A fala de Renata estreou no v�deo na noite de anteontem e vai ser repetida em inser��es de r�dio e televis�o. A fam�lia Campos assume agora um papel de protagonismo com a disposi��o de fazer valer o que Renata havia dito em seu primeiro evento p�blico depois do enterro do marido: a prioridade � eleger C�mara e Coelho.
Ex-secret�rio estadual da Habita��o, do Turismo e depois da Fazenda, no governo Campos, C�mara era um desconhecido do eleitorado. A primeira rodada do Ibope, de 30 de julho, apontava a sua desvantagem em rela��o ao candidato advers�rio e ex-aliado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), apoiado pelo PT. Enquanto o socialista tinha 11% das inten��es de voto, o petebista somava 43%. Na terceira rodada da pesquisa feita no �ltimo dia 16, no entanto, C�mara estava � frente - 38% contra 32% do petebista.
Prima do ex-presidenci�vel, a vereadora Mar�lia Arraes apoia o candidato advers�rio Armando Monteiro Neto e considerou “lament�vel” o uso de imagens de familiares do ex-governador na campanha. “N�o acrescenta nada � hist�ria de Pernambuco, um Estado politizado e revolucion�rio”, disse. Sobre o engajamento de Jo�o Campos, ela observou que ele tem um longo caminho pela frente para se tornar um l�der pol�tico. “N�o � heran�a familiar”, disse. “N�o estamos numa monarquia.”