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Estado de Minas

Maluf se compara a Jesus Cristo em carreata


postado em 26/09/2014 19:07 / atualizado em 26/09/2014 19:17

O candidato do PP a deputado federal Paulo Maluf voltou a fazer campanha nesta sexta-feira, 26, tr�s dias depois de a Justi�a Eleitoral ter barrado sua candidatura. O ex-prefeito participou de uma carreata sob gritos de "ladr�o" e se comparou a Jesus Cristo ao comentar as recentes decis�es judiciais contra ele.

"Quem entra na vida p�blica tem que saber que tamb�m Jesus Cristo foi injusti�ado, JK foi injusti�ado, Get�lio (Vargas) foi injusti�ado. Muita gente foi injusti�ada", afirmou Maluf questionado sobre a decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou a candidatura do ex-prefeito com base na Lei da Ficha Limpa. Com isso, Maluf ficaria impedido de disputar as elei��es deste ano.

Na ter�a-feira, 23, a maioria dos ministros do TSE negou recurso de Maluf e entendeu que ele � ineleg�vel devido a uma condena��o por crime de improbidade administrativa cometido durante sua gest�o na Prefeitura de S�o Paulo. A Justi�a Federal se apoiou em decis�o do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo que, em 2013, condenou o ex-prefeito, acusado de superfaturamento durante a constru��o do Complexo Vi�rio Ayrton Senna. Maluf foi prefeito entre 1993 e 1996.

Maluf tem questionado o fato de ter sido considerado ineleg�vel. Ele voltou a recorrer da determina��o da Justi�a alegando que n�o h� dolo ou enriquecimento il�cito em sua condena��o.

"O ac�rd�o do TJ foi expl�cito que n�o h� dolo, nem enriquecimento il�cito. A condena��o do prefeito foi muito clara: culposa. Portanto n�o gera inegibilidade", afirmou o candidato, negando qualquer tipo de abatimento com o ocorrido.

"N�s vamos continuar, dentro do nosso Estado de Direito, sem nos enervar e sem nenhum tipo de tristeza, nos defendendo. Eu n�o estou impedido de fazer campanha. E meu n�mero vai estar na urna eletr�nica: � 1111", disse Maluf, que se considerou inocente e o pol�tico "mais ficha limpa da cidade de S�o Paulo".

Durante pouco mais de uma hora, o candidato percorreu as ruas do Br�s em cima de um jipe vermelho. Sentado no banco da frente, Maluf foi s� simpatia ao distribuir cumprimentos a todos os passantes, mesmo aos que retribu�am com xingamentos ou cara feia.

"Seu vagabundo!", gritou um eleitor quando a carreata passava. "Ladr�o! Seu safado!", berraram outros. Maluf respondia sempre com um sorriso e um aceno.

Antes de embarcar no jipe, o ex-prefeito falou sobre as pesquisas de inten��o de voto de presidente e governador. Ele declarou voto � presidente Dilma Rousseff (PT), a quem classificou de "mais instrumentada" para o cargo.

"N�o d� para a gente trocar os pneus com o carro andando. Eu voto em Dilma, porque ela � mais instrumentada, mais competente", afirmou Maluf, cujo partido est� aliado ao PT no �mbito federal.

O candidato tamb�m elogiou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), tratado por Maluf como amigo. O PP hoje est� coligado ao candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, mas antes integrava a equipe de Alckmin no Pal�cio dos Bandeirantes. O partido estava alojado na diretoria da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, �rg�o ligado � Secretaria de Habita��o de Alckmin.

"Cada um tem seu estilo. O governador Geraldo Alckmin � um homem de bem, � um homem honrado e est� tendo maioria nas pesquisas", disse Maluf. Mas criticou em seguida:

"Eu n�o reprovo o estilo dele. Mas o meu � um pouco diferente. Ele diz estar desacelerando a viol�ncia. Isso para mim n�o � motivo de alegria. Motivo de alegria � acabar com a viol�ncia. Em vez de matar 30, mata 29 e fica feliz com isso", afirmou. O ex-prefeito disse ainda que lugar de bandido � na cadeia e afirmou que se fosse governador teria colocado a Rota na rua.

Ainda criticando o tucano, Maluf afirmou que o governo paulista investiu pouco no setor h�drico, segundo ele a principal causa da crise de abastecimento de �gua. Para ele, Alckmin teria que demitir a diretoria da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo. "Se eu fosse o governador, essa diretoria da Sabesp j� estaria no olho da rua h� muito tempo", disse ele.


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