S�o Paulo - O bi�logo Jo�o Paulo Capobianco, um dos colaboradores da campanha presidencial do PSB, considera a candidata Marina Silva “a maior aliada do agroneg�cio brasileiro". Ele fez a afirma��o nessa segunda-feira, durante o F�rum Estad�o Brasil Competitivo: Rumo ao futuro do campo. A candidata do PSB enfrenta resist�ncias do setor e tem se esfor�ado para quebrar a barreira com a��es como cr�ticas � pol�tica atual e promessa de implementar o novo C�digo Florestal como foi aprovado pelo Congresso Nacional.
Em um eventual governo de Marina Silva, que ocupou o Minist�rio do Meio Ambiente do governo Lula, o objetivo ser� mostrar que � poss�vel ampliar a produ��o e a incorpora��o de terras pouco produtivas, sem o desmatamento de novas �reas. O bi�logo afastou a especula��o de que as metas de produtividade seriam utilizadas para desapropria��o de terras. “N�o se pode manter �ndices de produtividade de 40 anos atr�s", defendeu. Ele afirmou que, com o programa, o objetivo � bonificar o produtor com rendimentos elevados e apoiar aqueles que ainda n�o atingiram n�vel de produtividade ideal.
Capobianco disse tamb�m que o governo Marina Silva faria reforma agr�ria por meio da compra de terras e n�o por desapropria��o. Lembrou que terras invadidas n�o podem ser desapropriadas, por determina��o do Supremo Tribunal Federal. “Vamos fazer da forma correta e buscando as �reas que possam ser adquiridas", disse. Os recursos seriam previstos em or�amento, segundo ele.
O bi�logo afirmou que os principais entraves do agroneg�cio est�o relacionados ao custo Brasil elevado, o que onera a produ��o; a taxas de c�mbio e de juros desfavor�veis; e a problemas graves de infraestrutura e na legisla��o trabalhista. No segmento de pol�tica tecnol�gica, Capobianco destacou que � necess�rio tornar o Plano de Agricultura de Baixo Carbono mais intensamente divulgado e aperfei�oado. O bi�logo entende que na �rea de governan�a � preciso racionalizar e melhorar a articula��o do “emaranhado de �rg�os federais" que t�m rela��es com o setor rural. “Vamos otimizar essas rela��es, revendo a exist�ncia de alguns �rg�os no Executivo.”
De acordo com Capobianco, a proposta de reforma tribut�ria da ex-ministra do Meio Ambiente n�o tem itens que tratam diretamente de uma isen��o total dos produtos in natura. Segundo ele, a ideia que consta no programa de governo apresentado � de uma reorganiza��o do sistema, para diminuir a incid�ncia do efeito escada na cobran�a de imposto. “Existem propostas que n�o s�o dirigidas ao produto, mas que atingem o conjunto do sistema tribut�rio brasileiro que, no nosso ponto de vista, vai aliviar o efeito escada", afirmou. Ele destacou que essa reforma vai possibilitar o fim da guerra fiscal causada pelo ICMS, que faz com que produtos “passeiem" pelo Brasil apenas para fugir da tributa��o.
Capobianco afirmou que Marina Silva defende uma pol�tica mais respons�vel em rela��o aos seguros. “� necess�rio evoluir para o seguro renda. Mesmo porque o produtor rural que usou o seguro porque sofreu uma cat�strofe e n�o ficou com a renda estar� descapitalizado no ano seguinte e, com isso, ser� menos produtivo", disse. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo
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