Natal - Com apenas sete pontos de diferen�a nas inten��es de voto para o governo do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSB) trocaram acusa��es nesta ter�a-feira, 30, no �ltimo debate antes das elei��es de Domingo.
O presidente da C�mara dos Deputados acusou Faria de ter oferecido a retirada de sua pr�-candidatura ao governo do Estado se Alves aceitasse seu filho, Fabio, como seu companheiro de chapa. Faria acusou Alves de "assediar" seu filho para o cargo.
"Henrique fala em mudar, mas vem de um grupo que tem (o senador Jos�) Sarney e Renan Calheiros (presidente do Senado). (…) Ele faz pol�tica no estilo antigo", declarou Faria. "Como pode haver tanta hipocrisia? (…) A outra proposta sua era (garantir) a presid�ncia da Assembleia Legislativa", atacou Alves.
O presidente da C�mara � apoiado pelo chamado "acord�o", uma coaliz�o de 17 partidos, entre os quais o Democratas potiguar do senador Jos� Agripino Maia. Embora tenha sido defensor e facilitador das pol�ticas da presidente Dilma Rousseff na C�mara, Alves n�o conseguiu seu apoio para o governo do RN.
Dilma tampouco explicitou seu suporte � elei��o de Faria. Na �ltima pesquisa do Ibope, de 26 a 28 de setembro, Alves caiu dois pontos e obteve 38% das inten��es de votos. Faria manteve seus 31%.
No debate promovido pela InterTV Cabugi, afiliada local da Rede Globo, todos os advers�rios de Alves evitaram abordar o fato de seu nome ter sido mencionado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa entre os beneficiados do esquema de propinas da Petrobr�s.
Logo na chegada ao canal de televis�o, que faz parte do patrim�nio de sua fam�lia, Alves afirmou ser essa acusa��o de Costa "irrespons�vel, leviana, sem nenhuma prova nem documento". "Absolutamente irrespons�vel", insistiu � imprensa.
Na briga verbal entre os dois rivais, a seca no Estado tornou-se tamb�m arma de ataque rec�proco. Nesta ter�a, o governo estadual decretou situa��o de emerg�ncia em 152 munic�pios. Alves acusou Faria de ter passado 11 meses na Secretaria de Recursos H�dricos, em 2011, e promovido a perfura��o de apenas um po�o.
Faria defendeu-se explicando que as obras estavam paralisadas pela Justi�a ou com verbas contingenciadas. "Henrique � o candidato da pirotecnia", contra-atacou, para em seguida acusar o peemedebista de ter aprovado apenas cinco projetos de lei em seus 44 anos na C�mara dos Deputados.