S�o Paulo - Colaborador de campanha do deputado estadual Bruno Covas (PSDB), que concorre a uma cadeira na C�mara, o radialista e suplente de vereador tucano em S�o Jos� do Rio Preto M�rio Welber foi flagrado s�bado no aeroporto de Congonhas, em S�o Paulo, levando na pasta de m�o R$ 102 mil em dinheiro vivo e um envelope com 16 cheques e um cart�o de campanha do neto do ex-governador M�rio Covas.
Nessa �poca de elei��es a PF redobra a vigil�ncia nos aeroportos porque pol�ticos e assessores costumam circular com recursos em esp�cie. Welber foi barrado quando embarcava com destino a Rio Preto. "O dinheiro � meu, n�o tem nada com a campanha do Bruno. Esse dinheiro � de um trabalhador an�nimo, uma pessoa que est� na batalha. Eu n�o tenho como andar com meu imposto de renda debaixo do bra�o, mas afirmo que tenho como comprovar a origem do dinheiro, tenho renda e caixa. Sou um microempres�rio na �rea de m�dia."
Ele disse que veio a S�o Paulo para "fazer um neg�cio", a compra de um carro, mas n�o deu certo e retornava a Rio Preto. Sobre o material de campanha de Covas, ele afirmou. "Eu estava apenas transportando o envelope com os cheques, se eu soubesse que ia dar tudo isso n�o teria me comprometido a levar. Se n�o existissem algumas anota��es pessoais e o cart�o (de Bruno Covas) jamais iriam me parar. � uma leviandade at� com ele (Covas), na v�spera das elei��es. Isso vai acabar com a minha vida. V�o achar que eu estava com d�lares na cueca."
Covas, ex-presidente da Juventude do PSDB, atual secret�rio-geral estadual do partido, foi eleito deputado da Assembleia Legislativa paulista pela primeira vez em 2006. Em 2011, foi nomeado pelo governador Geraldo Alckmin para o cargo de secret�rio do Meio Ambiente. Em abril entrou em campanha por uma vaga na C�mara.
Welber disse que n�o � assessor do tucano, mas colabora com a campanha de Covas no interior. Em seu perfil nas redes sociais ele se identifica como "assessor da Secretaria do Meio Ambiente do Estado".
Despesas
Ele afirma que ia entregar o envelope para um certo "Sr. Ulisses". "Ele (Ulisses) mora em Sever�nia, trabalha diretamente com o Bruno na Assembleia. Eu sou apenas um colaborador da campanha. Eu tamb�m colaboro com outras campanhas. Foram apreendidos v�rios cart�es l�. N�o trabalho na assessoria dele (Covas), n�o sou coordenador, nem tesoureiro de campanha. Conheci o Bruno da pol�tica, todo mundo hoje conhece o Bruno. Essa hist�ria s� est� dando tudo isso porque ele � um pol�tico em ascens�o."
Segundo ele, os cheques seriam destinados ao pagamento de despesas da campanha com fornecedores e "pessoas que trabalham na campanha". "Eu n�o sei exatamente quais despesas, me entregaram cheques num envelope, eu separei e guardei no compartimento da pasta."
Welber disse que vai justificar rapidamente � PF a proced�ncia do dinheiro. "Vou me antecipar. O delegado deu 15 dias, mas na segunda-feira que vem eu j� apresento a documenta��o, as notas todas. Se eu n�o comprovar essa renda no prazo legal podem acabar com a minha vida. Estamos a poucas horas das elei��es. � muito f�cil falar. Encontraram cart�es de outros pol�ticos!"