A um grupo de investidores, o coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, procurou rebater os ataques feitos pelos advers�rios que questionaram durante a campanha a falta de "for�a pol�tica" da candidata � Presid�ncia. Nesta sexta-feira, 3, Feldman repetiu declara��es de Marina de que a presidente Dilma Rousseff (PT) n�o "foi nem vereadora" antes de chegar ao Planalto e disse ainda que a petista n�o � querida pelos parlamentares.
O p�blico participante da teleconfer�ncia refor�ou a preocupa��o do mercado com a forma de negociar com o Congresso que Marina adotaria em eventual governo. Durante a campanha eleitoral, a falta de experi�ncia administrativa em cargos do Executivo e o fato de Marina pertencer a um partido com pequena representa��o no Congresso foram explorados pelas propagandas de Dilma e do candidato do PSDB, A�cio Neves.
Feldman repetiu o discurso da candidata de que o atual presidencialismo de coaliz�o, virou presidencialismo de "coopta��o" e que essa ideia de governabilidade � equivocada. "Essa (governabilidade) que est� a� n�s n�o queremos e n�o � boa para o Pa�s", afirmou o coordenador.
Conforme Feldman, a proposta do governo Marina ser� fazer uma verdadeira "opera��o Granero", para retirar os maus pol�ticos instalados em Bras�lia. "Queremos que eles arrumem suas coisas, coloquem seus m�veis nos caminh�es e deixem a capital", disse sobre pol�ticos e partidos que se apoderam das estruturas de poder apenas pelo poder, com as negocia��es para aprova��o de projetos sem debate democr�tico, mas com base em troca de favores e cargos.
O coordenador de campanha ressaltou que Marina, se eleita, ser� a presidente com maior experi�ncia parlamentar dos �ltimos tempos, j� que foi vereadora, deputada e senadora. "Marina sabe como se dialoga com o Congresso Nacional, sabe respeitar os parlamentares. Isso � que vai garantir a governabilidade."
Segundo turno
Questionado sobre articula��es para o segundo turno, se Marina chegar a ele, Feldman disse que haver� uma conversa "program�tica" com todos os partidos que n�o tiverem sucesso em avan�ar para a segunda fase do pleito, bem como com outros setores. "Vamos falar tamb�m com todas as for�as pol�ticas, sociais, empresariais." O coordenador colocou o discurso firme e otimista da campanha, de que Marina estar� no segundo turno e que as pesquisas n�o mostram mais uma tend�ncia de queda da candidata. "As pesquisas que a� est�o revelam estabilidade dos n�meros e o nosso tracking (pesquisa interna) revela recupera��o da Marina e queda da Dilma", afirmou.
Segundo a �ltima pesquisa Ibope, Dilma oscilou de 39% para 40%, Marina foi de 25% para 24% e A�cio Neves (PSDB) manteve 19%. J� pelo Datafolha, a petista manteve 40%, a ex-ministra oscilou de 25% para 24% e o tucano foi de 20% para 21%, chegando a um empate t�cnico com a candidata do PSB.