O doleiro Alberto Youssef, alvo da Opera��o Lava Jato, est� entregando ao Minist�rio P�blico Federal farta documenta��o para comprovar todas as revela��es de sua dela��o premiada.
Ele sabe muito, vai apontar empreiteiras, empres�rios, pol�ticos. Um investigador disse que “uma contribui��o desse tamanho ningu�m sabe onde ela vai parar”.
Os procuradores querem informa��es sobre pelo menos 750 contratos p�blicos que t�m as digitais de Youssef, 17 deles relativos a empreendimentos da Petrobr�s, na gest�o de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal.
Quando a Lava Jato foi deflagrada, em mar�o, a Pol�cia Federal encontrou em poder do doleiro relat�rio intitulado “planilha de projetos”, documento que mostra ind�cios de que Youssef intermediou 750 projetos entre grandes construtoras e �rg�os p�blicos, no per�odo de fevereiro de 2009 a maio de 2012. A planilha revela movimentos do doleiro em setores da administra��o p�blica.
Somados, os valores referentes a estes contratos ultrapassam a “casa dos bilh�es”, segundo relat�rio da PF. Pelo menos 17 contratos da Petrobras para grandes empreendimentos nas �reas de refinarias e g�s teriam tido a participa��o do doleiro, suspeita a PF.
A investiga��o aponta, preliminarmente, que Youssef recebeu comiss�es no valor aproximado de R$ 160 milh�es no �mbito dos 17 contratos com a Petrobras.
A for�a tarefa de procuradores da Rep�blica quer saber quem s�o os contatos do doleiro nos �rg�os p�blicos, por onde ele circulou, quem recebeu propinas, contas para onde foram transferidos valores il�citos. Ele tem documentos de cada transa��o. No acordo de dela��o premiada comprometeu-se a entregar todos os registros.
A cada situa��o que apontar, a cada contrato que fizer men��o, a cada epis�dio de corrup��o e lavagem de dinheiro que confessar, Youssef se compromete a juntar documenta��o para comprovar o que diz. “Dessa vez o interesse p�blico vai ser muito bem atendido”, avalia um investigador.
A dela��o de Youssef ser� “infinitamente mais robusta” que a dela��o do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa - o executivo fez uma sucess�o de depoimentos e apontou pelo menos 32 parlamentares como supostos benefici�rios de propinas.
A grande diferen�a das dela��es de Youssef e de Costa � que o doleiro vai enriquecer seus relatos com pap�is, registros de opera��es il�citas.
A dela��o do doleiro ser� mais robusta e mais longa que a de Costa. N�o tem previs�o para acabar.
Um investigador reiterou que “o que vai ser diferente (em rela��o � dela��o de Costa) � que ele (Youssef) vai apresentar documenta��o”.