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Estado de Minas

Sem prefer�ncia de advers�rio, Dilma n�o teme o segundo turno


postado em 05/10/2014 06:00 / atualizado em 05/10/2014 06:49

Daniel Camargos e Juliana Cipriani

Dilma Rousseff alterou a agenda de encerramento de sua campanha e incluiu a capital mineira, onde fez caminhada na Avenida Afonso Pena (foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)
Dilma Rousseff alterou a agenda de encerramento de sua campanha e incluiu a capital mineira, onde fez caminhada na Avenida Afonso Pena (foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS)
 A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem, em Belo Horizonte, que n�o teme a possibilidade de as elei��es n�o serem decididas hoje e n�o quis apontar quem deve enfrent�-la no caso de um segundo turno. No �ltimo dia de campanha, a candidata escolheu a Avenida Afonso Pena para fazer passeata com a milit�ncia, que, segundo o Batalh�o de Tr�nsito, reuniu cerca de tr�s mil pessoas. A petista encerrou a passagem pela capital no tradicional Caf� Nice, na Pra�a Sete, ponto de encontro de pol�ticos em campanha. “N�o temo o segundo turno, acho que elei��o � para ter todas as possibilidades de participa��o democr�tica. Se o eleitor decidir que ter� segundo turno, terei imensa alegria de participar”, afirmou.
Diante da incerteza de quem ser� o advers�rio – segundo as �ltimas pesquisas, tanto o senador A�cio Neves (PSDB) quanto a ex-senadora Marina Silva (PSB) tem chance de ir para o segundo turno –, Dilma prefere n�o escolher. “Quem tem prefer�ncia � o eleitor, o conjunto dos eleitores brasileiros. Eles que v�o escolher”, afirmou.
Dilma fez o trajeto acompanhada do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, e de outras lideran�as do pr�prio partido, de seu principal aliado, o PMDB, e de representantes de outras legendas coligadas. Durante o percurso, muitas bandeiras do PT e gritos de ordem do partido. Alguns chegaram a fazer um coro gritando “primeiro turno”.
Das janelas, muitas pessoas tamb�m acenavam e colocavam bandeiras vermelhas. Uma das janelas, entretanto, exibia uma bandeira azul do PSDB. No Caf� Nice, a candidata fez pose para v�rias fotos com funcion�rios e frequentadores que pediram para serem clicados com ela. A presidente tomou caf�, comeu um p�o de queijo e disse, em tom de brincadeira, que Pimentel iria pagar a conta.
A candidata seguiu em carro aberto pela principal avenida de Belo Horizonte. Segundo ela, o motivo da escolha da capital mineira n�o foi seguir no rastro de um dos seus principais advers�rios, o tucano A�cio Neves. At� sexta-feira � tarde, a agenda da petista n�o previa o encerramento da campanha em Minas Gerais.
Questionada se a altera��o seria para marcar de perto o advers�rio tucano, a presidente negou. Alegou que a escolha foi para contemplar os dois estados respons�veis por sua forma��o. “Tanto a Minas Gerais como ao Rio Grande do Sul devo minha forma��o pessoal e pol�tica. Eu nasci aqui e, antes de ser obrigada a sair do estado, vivi 19 anos. Foi aqui que comecei”, afirmou.
Dilma disse que teve de sair de Minas por causa da repress�o da ditadura militar e que, depois de ficar tr�s anos presa, foi para o Rio Grande do Sul, que a acolheu. “L� (em Porto Alegre), tenho minha filha e meu neto. Os dois estados do meu cora��o s�o onde fa�o o �ltimo ato de campanha do primeiro turno”, refor�ou. A petista aproveitou para mandar um “recado” aos eleitores.
“Pensem no futuro deste pa�s, porque tem algumas coisas muito engra�adas. V�rios candidatos dizem que o Bolsa Fam�lia, o Minha casa, minha vida, o Pronatec, o Mais M�dicos e v�rios programas do governo federal v�o continuar. A troco de que algu�m vai escolher quem n�o construiu, quem nunca fez e quem, quando teve a oportunidade, n�o fez, contra quem fez, quem construiu o programa?”, questionou.
A petista falou do n�mero de contemplados por seus programas sociais e provocou: “Nenhum deles � projeto piloto, n�o se faz programa social no Brasil com programas pilotos”. Dilma tamb�m pediu para que os eleitores votem “com consci�ncia, paz e amor no cora��o”.

Mulheres

De olho no voto dos indecisos, que, de acordo, com as �ltimas pesquisas, s�o formados em grande parte por mulheres acima de 45 anos, Dilma fez um r�pido pronunciamento � imprensa focando os resultados de seus programas de governo especificamente para as eleitoras do sexo feminino. “Acredito no Brasil com mais direito e refor�o na autonomia das mulheres. Um Brasil sem discrimina��o”, afirmou a candidata � reelei��o.
Dilma elencou uma s�rie de n�meros. Disse que 95% dos benefici�rios do Bolsa Fam�lia s�o mulheres e que mais da metade das pessoas contempladas com uma casa no programa Minha casa, minha vida s�o do sexo feminino, quando considerado aqueles que t�m renda na faixa de R$ 1,6 mil. A presidente destacou tamb�m que 51% do p�blico que usa as linhas de financiamento do ensino superior Pro Uni e Fies s�o mulheres e que 59% das pessoas matriculadas no Pronatec tamb�m.
A candidata, que se curou de um c�ncer recentemente, fez quest�o de destacar o movimento Outubro Rosa, de preven��o do c�ncer de mama. “� uma doen�a que � poss�vel vencer, principalmente se tiver o cuidado de fazer a preven��o na hora certa”, afirmou. Por fim, Dilma condenou a homofobia: “� um caso para o Brasil se mobilizar e lutar contra de todas as formas. S�o b�rbaros que atentam contra a civiliza��o”, condenou a candidata.

Pimentel acredita em vit�ria

Apesar de estar em vantagem nas pesquisas de inten��o de voto, o candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, preferiu n�o cantar vit�ria antes da hora ontem, no �ltimo dia de campanha. Depois de tomar um caf� com a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata � reelei��o, no Caf� Nice, na Pra�a Sete, no Centro de Belo Horizonte, Pimentel disse: “Se vai ser primeiro ou segundo turno, os mineiros v�o dizer”.
O petista afirmou ainda que est� confiante, mas evitou o clima de j� ganhou: “Comecei esta campanha do mesmo jeito que termino: esperando o voto dos mineiros”. Em refer�ncia ao PSDB, partido do seu principal advers�rio, que governa o estado h� 12 anos, Pimentel atacou: “Minas n�o tem rei ou imperador. O dono de Minas � povo de Minas Gerais”.
O ex-ministro disse tamb�m que a vinda da presidente Dilma a Belo Horizonte � um retorno, pois foi na capital mineira que a petista nasceu e come�ou a vida pol�tica. “Ela tem um carinho enorme por BH”, afirmou Pimentel, negando que a candidata tenha vindo � cidade para ficar na cola de seu advers�rio, A�cio Neves (PSDB), como ele mesmo negou durante campanha na Avenida Afonso Pena. (DC e JC)


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