
Mesmo com o voto facultativo depois dos 70 anos de idade, o eleitor detentor do t�tulo de n�mero um do Distrito Federal, emitido no dia 20 de junho de 1960, foi votar hoje por volta das 9h15. Aos 76 anos, o potiguar Luiz Gonzaga de Oliveira acredita que o voto � uma forma de contribuir com a evolu��o do pa�s e por isso n�o abre m�o de comparecer �s urnas.
“Para votar eu vejo muito o passado do candidato, acompanho as propostas dele. Depois, ao longo do tempo, fa�o uma an�lise da rela��o entre as propostas que ele apresentou, o que ele realmente executou e o legado que deixou”, explicou o analista judici�rio aposentado.
Na se��o, Luiz Gonzaga teve problemas na identifica��o das digitais. Apesar de n�o usar a biometria, ele destacou que o importante � votar. “Eu votei pelo processo tradicional da urna, que � muito eficiente. Foi r�pido e tranquilo. Levei minha colazinha, para n�o me atrapalhar. Dever cumprido”, disse.
Ao chegar em Bras�lia no ano de 1959, o potiguar trabalhou na constru��o do Pal�cio do Planalto. Ele conta que viu a inf�ncia, a adolesc�ncia e agora est� vendo o amadurecimento da capital brasileira. “Vejo muita evolu��o na cidade, lembro quando parte dela era s� cerrado.”
Entre os eleitores brasileiros, quase 11 milh�es t�m 70 anos ou mais. Ana Falc�o, de 78 anos, tamb�m decidiu dar sua contribui��o no processo eleitoral. “A princ�pio eu pensei em n�o vir, fiquei sem �nimo porque parece que as coisas n�o mudam. Mas depois vi que seria pior se eu n�o votasse”, alega a aposentada.
Diferentemente de Luiz Gonzaga e de Ana, o aposentado Edmundo Costa, de 76 anos, preferiu n�o votar por estar desacreditado com a pol�tica brasileira. “Minha mulher ficou com raiva [de mim]. Ela veio votar, mas eu n�o tive vontade”, contou o aposentado enquanto aguardava a mulher, nesta manh�, em uma escola no fim da Asa Sul.