'Bombardeio' liderado pelo PT causou queda, diz Neca

S�o Paulo - Na avalia��o da soci�loga Maria Alice Setubal, coordenadora do programa de governo do PSB, a queda de Marina Silva nas pesquisas na reta final das elei��es � creditada ao "bombardeio" liderado pelo PT contra a sua candidatura. Neca, como � conhecida, disse que a campanha n�o estava preparada para os ataques, mas que o pouco tempo de TV tamb�m dificultou rea��es.

Neca falou ao jornal O Estado de S. Paulo ap�s registrar o voto, por volta das 12 horas, em uma escola no Itaim Bibi, zona sul de S�o Paulo. Acompanhada do filho Fernando e vestindo uma camiseta da campanha, ela se dizia confiante na chegada de Marina ao 2º turno - apesar de reconhecer as dificuldades vividas no final da campanha.

"Infelizmente, e mais por conta da campanha do PT, depois o A�cio ajudou um pouco, foi uma campanha de mentiras e acusa��es”, disse ela ap�s a vota��o. "N�o � vitimiza��o, � constata��o. O Eduardo morreu no dia 13 de agosto, a Marina virou candidata no dia 20. E dez dias depois come�ou o bombardeio", disse. "A gente n�o estava mesmo preparada para esse bombardeio. E t�nhamos 2 minutos de TV e a Dilma, 12."

Neca lamentou o fato de os ataques � Marina acabarem potencializados, o que colocou a campanha em uma situa��o "que n�o teve muita sa�da". “Se rebat�amos, est�vamos nos vitimizando. Se n�o rebat�amos, �ramos acusados de n�o rebater." Ela ainda culpou a imprensa por colaborar com a densidade dos ataques. "O PT conseguiu o que queria. Fazer todo mundo potencializar, viralizar o que eles estavam falando. Inclusive a grande imprensa."

A pr�pria rela��o de Marina com Neca, que � acionista do Banco Ita�, serviu de muni��o para os advers�rios. Neca minimizou os debates em torno da pol�tica econ�mica da proposta de Marina, em rela��o � atua��o do Banco Central, e associa��es que advers�rias fizeram entre Marina e o PSDB. "Esse tema j� passou. Est� superado", afirmou.

Programa

A candidatura de Marina tamb�m ficou marcada por cr�ticas de idas e vindas no programa, o que a coordenadora nega ter ocorrido. "Houve duas revis�es. A quest�o LGBT, que foi uma quest�o importante. E tiramos a palavra 'nuclear'. Mas isso virou uma coisa simb�lica na cabe�a das pessoas, e na pr�pria imprensa, de que houve v�rias revis�es."

Para ela, a quest�o LGBT teve grande impacto pelo fato de o tema ter ganhado for�a na elei��o. "Foi um erro nosso, pagamos por esse erro. Mas foi a �nica revis�o", disse, refor�ando que Marina foi a �nica candidata ao Planalto apresentar um programa de governo.