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Estado de Minas

Mantega n�o v� 'fantasmas' que Dilma possa deixar


postado em 07/10/2014 18:01 / atualizado em 07/10/2014 19:48

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta ter�a-feira, 7, que n�o enxerga "fantasmas" que o governo Dilma Rousseff possa deixar para 2015. "Em 2014, vamos encerrar o ano com d�vida externa l�quida de US$ 330 bilh�es, vamos deixar desemprego de 5,4%, que � um privil�gio ter desemprego baixo. Vamos deixar programa de infraestrutura em andamento. Ent�o, eu diria que n�o vejo que fantasmas s�o esses", disse.

Seguindo a linha da presidente e candidata � reelei��o Dilma Rousseff, que logo ap�s o resultado do primeiro turno disse que o Pa�s n�o quer os fantasmas do governo passado, Mantega afirmou que a elei��o do candidato A�cio Neves (PSDB) representaria uma volta ao passado, com desemprego, arrocho fiscal, altas taxas de juros, recess�o e pol�tica conservadora neoliberal. Adotando a estrat�gia de colocar o PSDB como partido do arrocho fiscal, o ministro afirmou que os super�vits fiscais mais fortes significar�o o corte de programas sociais. O ministro chegou a dizer que o PSDB estava propondo um fiscal de 3,1%.

Mantega atacou, mais uma vez, o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga, escolhido por A�cio Neves como ministro da Fazenda, caso seja eleito. "Me preocupa que o mesmo gestor da pol�tica monet�ria possa voltar e v� querer derrubar a infla��o com choque monet�rio, como foi feito no passado", disse.

"Ent�o, o que � a pol�tica conservadora neoliberal? Ela s� pensa em pol�tica monet�ria austera e em pol�tica fiscal austera. Taxas de juros altas e aumento de super�vit prim�rio. Se o aumento do super�vit prim�rio for muito forte, significa cortar programas sociais. Eu desconfio que tem gente que gostaria de cortar programas sociais", cutucou.

"Sobre os fantasmas, o que n�s temos � a possibilidade da volta de uma pol�tica conservadora neoliberal. � uma volta ao passado, quando prevaleciam taxas de juros muito altas. � s� ver o que foi praticado. A taxa de juros real m�dia de 1995 a 2002 era de 15%", disse. "Uma taxa de juros dessa magnitude acaba com o mercado de constru��o, porque ningu�m vai querer investir em im�veis se pode ter 'lucro tranquilo' aplicando em t�tulos p�blicos. Quem tem dinheiro nem vai precisar trabalhar. Ent�o, voc� vai provocar recess�o na economia com taxas de juros muito elevadas", afirmou. "Essa � a natureza da pol�tica conservadora: desemprego alto."

O ministro chegou ao brincar com os jornalistas, ao ser questionado sobre os "fantasmas", e, num ato falho, disse: "Eu fiquei t�o preocupado com os fantasmas que esqueci a primeira parte da pergunta". O ministro havia sido questionado sobre a participa��o do PIB brasileiro no PIB da Am�rica Latina. "De fato, o PIB brasileiro � um PIB bem maior que o dos outros pa�ses da Am�rica Latina e ele tem influ�ncia grande na m�dia do crescimento", afirmou, acrescentando que todos os pa�ses est�o com redu��o do PIB, como Chile e Peru. "Mesmo que estejam vendendo a mesma coisa, determinadas commodities est�o com pre�o mais baixo e o PIB cai. � um problema generalizado que eu vejo e s� se soluciona com retomada do crescimento da economia europeia. � preciso que os outros pa�ses tamb�m se recuperem", afirmou.

Mercado

Mantega afirmou que os mercados s�o "muito espertos", ao ser questionado sobre elei��es, e defendeu que o c�mbio n�o ter� volatilidade como a que ocorreu em 2002. "Os mercados s�o muito espertos, mais do que voc� imagina. Eles buscam ganhar sempre, em todas as condi��es. Se puder causar turbul�ncia que o favore�a, o mercado vai causar. Mesmo antes do primeiro turno, j� tinha gente querendo influenciar o mercado atrav�s de pesquisa eleitoral", disse. "Eu acho bom quando a bolsa sobe, o c�mbio fica est�vel, seja qual for a raz�o pela qual isso acontece. Em todas as elei��es voc� tem volatilidade de c�mbio e de bolsa."

Mantega aproveitou a oportunidade para citar a volatilidade "excepcional" do c�mbio que ocorreu em 2002 e criticar as condi��es da economia naquela �poca. "Teve deprecia��o muito forte do real. A diferen�a � que hoje a economia brasileira � muito mais s�lida do que 2002. Por�m, n�o ter� a volatilidade que voc� teve em 2002, (quando o d�lar) saiu de R$ 1,70 e foi para R$ 3,80", disse, acrescentando que o Brasil n�o tinha reservas e devia para o FMI.

"Volatilidade � normal, ocorre em todos os pa�ses. Voc� tem volatilidade de c�mbio por causa da situa��o da economia global e an�ncios do Fed (banco central dos EUA). Isso altera muito o posicionamento dos mercados, onde voc� sai de posi��es de bolsa e c�mbio de v�rios pa�ses, inclusive emergentes. S�o esses movimentos que produzem essa situa��o na bolsa", disse.


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