O presidente do Partido Progressista (PP), o senador piauiense Ciro Nogueira, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu partido n�o abrir� nenhum procedimento interno para apurar as acusa��es feitas por Paulo Roberto Costa em seu depoimento de dela��o premiada � Justi�a Federal. Nas respostas que deu �s autoridades, Costa disse que PP, PMDB e PT ficavam com um porcentual dos contratos fechados por diretorias da Petrobras comandadas por apadrinhados.
"N�o temos instrumento para isso. Temos que confiar na Pol�cia Federal, no Minist�rio P�blico e na pr�pria CPI", disse Nogueira.
O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, que � o presidente nacional do PMDB, afirmou por meio de sua assessoria que a legenda n�o vai se manifestar sobre esse caso. A reportagem falou ao telefone com o primeiro vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que comandou a sigla nos �ltimos anos, enquanto Temer estava afastado das atividades partid�rias. Ele disse n�o ter lido as not�cias sobre o depoimento de Paulo Roberto Costa e que n�o teria nada para dizer sobre o assunto.
Ciro Nogueira disse ainda que, na �poca em que teriam ocorrido os fatos relatados por Costa, ele n�o presidia o PP. Afirmou que recebeu, nesta quinta, um telefonema de seu antecessor, o senador Francisco Dornelles (RJ). "Ele me disse que todas as presta��es de contas do partido est�o aprovadas pelo TSE ", afirmou Nogueira.
Questionado sobre as irregularidades atribu�das por Costa a indicados pelo PP para ocupar cargos na Petrobr�s, Nogueira disse que quem fez essas indica��es n�o foi Dornelles, mas sim o falecido deputado federal Jos� Janene. "Infelizmente, ele n�o est� aqui. Faleceu."
O presidente do PP considera o vazamento do depoimento de Costa parte de uma estrat�gia para atingir determinados pol�ticos e proteger outros. Ele disse que a divulga��o do conte�do que est� repercutindo nos ve�culos de comunica��o foi fruto de um "vazamento seletivo".
"Vaza s� o que quer. Deveriam investigar o vazamento. E quem n�o foi vazado? Est� protegendo algu�m? Defendo que se abra logo tudo", disse Nogueira.