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Estado de Minas

No primeiro turno das elei��es, 27,7 milh�es de eleitores n�o foram �s urnas

Esse � o maior n�mero desde 1998. Se somados aos 6,6 milh�es de votos nulos e 4,4 milh�es em branco, s�o 38,7 milh�es de brasileiros descrentes com as promessas dos candidatos


postado em 12/10/2014 06:00 / atualizado em 12/10/2014 07:38

Além do alto número de abstenções, votos brancos ou nulos foram superiores aos de 2010(foto: Antônio Cunha/CB/DA Press)
Al�m do alto n�mero de absten��es, votos brancos ou nulos foram superiores aos de 2010 (foto: Ant�nio Cunha/CB/DA Press)


Desiludidos com propostas apresentadas pelos candidatos � Presid�ncia e desconfiados das promessas feitas em palanques, 27,7 milh�es de eleitores brasileiros n�o compareceram �s zonas eleitorais no primeiro turno. O n�mero de eleitores que n�o foram �s urnas foi o mais alto desde o pleito de 1998. Somados aos 4,4 milh�es que votaram em branco e mais 6,6 milh�es que anularam os votos, um total de 38,7 milh�es de eleitores preferiram n�o escolher um candidato � Presid�ncia da Rep�blica. Esse n�mero representa 29% dos 142,8 milh�es de eleitores no pa�s, quantidade superior � vota��o do segundo colocado na disputa pelo Pal�cio do Planalto, o senador A�cio Neves (PSDB), que recebeu 34,8 milh�es de votos.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o primeiro turno das elei��es, o alto n�mero de eleitores que preferiram n�o participar da disputa em 2014 superou as absten��es das �ltimas tr�s elei��es presidenciais. O maior n�mero de pessoas que n�o votaram em elei��es em primeiro turno ocorreu em 1998, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) buscava a reelei��o. Naquele ano, 21,5% dos eleitores n�o foram �s urnas. Nas elei��es seguintes, esse percentual passou a cair. Em 2002, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) foi eleito para o primeiro mandato, a absten��o foi de 17,7%. Em 2006, quando Lula foi reeleito, o �ndice caiu para 16,7%. No entanto, em 2010, quando Dilma venceu, as absten��es voltaram a crescer, chegando a 18,1%.

Para o cientista pol�tico do Instituto de Filosofia e Ci�ncias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Martins, a elei��o deste ano tem muitas semelhan�as com o pleito de 2010, quando PT e PSDB disputaram no segundo turno o apoio dos eleitores indecisos e daqueles que votaram em Marina Silva. Ele avalia que na segunda etapa ser� importante tamb�m o comportamento de militantes dos partidos da esquerda, que costumam se engajar muito nos momentos decisivos das elei��es. “As primeiras pesquisas mostram A�cio Neves capturando uma parcela superior que Jos� Serra em 2010.”

Ele aponta que o aumento da absten��o em 2014 est� ligado a uma “frustra��o em rela��o ao que se esperava dos governos petistas”, mas ressalta que o PSDB pouco se beneficiou com o cen�rio adverso do PT e o grande n�meros de eleitores que apoiaram uma terceira via deixa claro a insatisfa��o com as duas legendas.

DIVIS�O
O analista pol�tico Gaud�ncio Torquato ressalta que normalmente os eleitores que seguem indecisos para o segundo turno se dividem entre os candidatos, sem que apenas um deles consiga conquistar completamente aqueles que n�o escolheram no primeiro turno. Ele aposta que a divis�o de classes sociais, que foi constatado na primeira fase, se repita entre os indecisos, com a parte da popula��o mais pobre se identificando com a presidente Dilma Rousseff e os grupos mais ricos com o senador A�cio Neves.

“O segundo turno � uma fase mais objetiva, porque as pessoas podem comparar melhor os perfis de cada um. O eleitor tende a confirmar aquele que escolheu no primeiro. E sobre os indecisos ou que n�o votaram, � mais comum que cada parte se identifique com um lado. N�o acredito que esse 20% de absten��o continue. A tend�ncia � de que uma motiva��o maior das pessoas e de militantes influencie mais aqueles que est�o indecisos”, analisa Gaud�ncio.

Em rela��o aos votos nulos e brancos, o TSE registrou novo aumento nos �ndices quando comparados com a �ltima elei��o, em 2010. Em 1998, foram registrados os maiores �ndices de brancos e nulos, com 8% e 10,6%, respectivamente. Os n�meros ca�ram significativamente na elei��o de 2002, quando 3% dos eleitores votaram em branco e 7,3% anularam seus votos. Em 2006, o percentual de brancos foi de 2,7% e nulos 5,6%. Nas elei��es de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita, o n�mero caiu ainda mais, com 2,5% em branco e 5,5% nulos. No primeiro turno deste ano, os percentuais de votos brancos e nulos subiram para 3,8% e 5,8%, respectivamente.

O Maranh�o foi o estado com o maior �ndice de absten��o, com 23,6% dos eleitores deixando de comparecer �s urnas. O segundo estado com a maior absten��o foi a Bahia, tamb�m na regi�o Nordeste, onde 23,2% n�o votaram. Na outra ponta do ranking, o Amap� foi o estado que registrou o menor n�vel de absten��o, com apenas 10,4% do eleitorado ausente. Em seguida vem o Distrito Federal, com 11,6% de faltas no primeiro turno. Em Minas, dos 15,2 milh�es de eleitores aptos para votar, o n�mero de absten��es foi de 3 milh�es – 20% do total.


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