
Esse respeito que os coordenadores da campanha presidencial de A�cio afirmam que ter�o com Marina daqui para frente permeou todo as negocia��es travadas entre representantes dos dois grupos ao longo da �ltima semana, desde que as urnas foram abertas mostrando que o segundo turno seria disputado entre A�cio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
O debate foi mais delicado porque envolveu programas de governo. Pessoas dos dois lados negam que tenha havido sinaliza��es expl�citas de cargos ou ades�es em um poss�vel governo A�cio a partir de 1º de janeiro de 2015. Tudo foi feito com o intuito de conter vazamentos de informa��es sobre o caso. Na quarta-feira, Marina visitou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC j� tinha defendido que o PSDB e Marina estivessem juntos.
Ao longo da semana, especulou-se que a ex-senadora poderia, at�, tornar-se ministra de Rela��es Exteriores depois de janeiro. E que FHC poderia ser o protagonista dessa sondagem. Os dois lados desmentiram a not�cia enfaticamente. “N�o se falou disso em nenhum momento. N�o � assim que se dialoga e conversa com Marina”, justificou um integrante do QG aecista, sem dizer se, caso seja eleito, A�cio chamaria Marina ou integrantes da Rede para compor o primeiro escal�o governamental.
INTERLOCUTORES Os principais interlocutores nas conversas foram o ex-coordenador da campanha presidencial de Marina, Walter Feldman, e o candidato a vice na chapa do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP). Eles costuraram o limite para que as propostas tucanas e do PSB fossem coincidentes. Bandeira do PSDB no primeiro turno, defendida por Aloysio durante o mandato no Senado, o debate sobre a redu��o da maioridade penal, foi exclu�da das negocia��es.
A�cio gostou da declara��o da Rede e da Carta de Marina na quinta-feira. A ex-senadora aprovou o discurso do tucano no s�bado, em Recife, elencando os pontos da proposta da socialista que ele concordava em incluir no seu programa de governo. Estava pavimentado o caminho para o casamento. Os dois noivos conversaram � noite por telefone. Marina disse sim publicamente na manh� de ontem. Para n�o ferir suscetibilidades, os tucanos n�o consideram nem mesmo paradoxal o fato de Aloysio Nunes e Fernando Henrique serem do PSDB paulista, demonizado por Marina no primeiro turno. “Segundo turno � uma outra elei��o”, resumiram.