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Estado de Minas

Sa�da de diretor do Ipea provoca rea��o de l�deres da oposi��o


postado em 19/10/2014 06:00 / atualizado em 19/10/2014 09:15

Bras�lia – O diretor de Estudos e Pol�ticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), Herton Ellery Ara�jo, colocou o cargo � disposi��o por n�o concordar com a proibi��o, no per�odo eleitoral, de divulga��o de um levantamento in�dito sobre o n�mero de miser�veis na gest�o da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar de Herton n�o ter falado publicamente sobre a sa�da, l�deres da oposi��o afirmam que o motivo � o “aparelhamento feito pelo PT” na institui��o. “O PT est� acobertando algo que n�o interessa ao governo. Mas essa informa��o � da na��o, e n�o de um partido”, criticou o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR).

O Ipea n�o publicar� at� o final do segundo turno a tradicional avalia��o dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD) 2013. O instituto argumenta que a publica��o fere a Lei das Elei��es ( 9.504/1997). Essa an�lise mostraria se o n�mero de pobres e miser�veis subiu ou diminuiu no ano passado. O estudo ganha especial import�ncia pois erradicar a mis�ria foi uma das principais promessas da administra��o Dilma Rousseff.

Durante reuni�o de Diretoria Colegiada do Ipea, �rg�o vinculado � Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE) da Presid�ncia da Rep�blica, realizada h� uma semana, Herton Ara�jo tentou convencer os demais membros do grupo a rever a medida proibitiva. No entanto, os argumentos dele foram vencidos.

Para Rubens Bueno, o partido da presidente Dilma pratica “uma desonestidade intelectual”. “O PT faz um aparelhamento para que os funcion�rios de carreira n�o tenham poder de a��o, para que n�o deem a informa��o adequada para a popula��o brasileira”, acusa. O l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE), argumenta que a divulga��o da pesquisa n�o pode sofrer interfer�ncia do calend�rio eleitoral. “Isso causa um preju�zo institucional”, alega. O parlamentar planeja pedir que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do Ipea, Sergei Soares, prestem esclarecimentos sobre o epis�dio.

Em nota oficial, a assessoria de comunica��o do Ipea declarou que a divulga��o do estudo em quest�o feria a Lei das Elei��es (9.504/1997). O mesmo comunicado informa que a diretoria colegiada deliberou, no in�cio de agosto, sobre todos os procedimentos referentes a publica��es de levantamentos durante o per�odo eleitoral. “O instituto vem mantendo normalmente a publica��o de peri�dicos e obras enviadas para editora��o at� 5 de julho – data em que passaram a valer restri��es estabelecidas a agentes p�blicos na Lei das Elei��es –, mas suspendeu, at� 26 de outubro, a divulga��o de estudos n�o peri�dicos produzidos neste �nterim”, explica a nota.

Princ�pio

Conforme informa��es repassadas pelo Ipea, a decis�o � baseada no entendimento de que uma institui��o de pesquisa de Estado n�o deve, durante as elei��es, suscitar acusa��es de favorecimento a um ou outro candidato que disputa a corrida eleitoral.

Na nota oficial, o Ipea informou que Herton n�o havia participado do encontro que decidiu pela proibi��o da divulga��o de material at� 26 de outubro, data em que ocorre o segundo turno. “Nomeado diretor posteriormente, o senhor Herton Ellery Ara�jo n�o havia participado da delibera��o. Por discordar dessa interpreta��o da lei eleitoral, ele colocou o cargo � disposi��o”, afirma o comunicado.

Em abril, o Ipea se envolveu em outra trapalhada. Em nota oficial, o �rg�o teve que pedir desculpas por afirmar que, de acordo com uma pesquisa divulgada pela institui��o, 65% dos brasileiros concordavam que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo mereciam ser atacadas”. O erro, de acordo com o �rg�o, ocorreu devido � troca de informa��es de dois gr�ficos. Na verdade, 26% dos entrevistados concordavam que a roupa que a mulher usa justificava uma agress�o. Enquanto 65% atestavam que “mulher que � agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar”.


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