Numa decis�o in�dita desde o in�cio da campanha eleitoral pelo rigor, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu conceder liminar para suspender uma propaganda e, ao mesmo tempo, cassar quatro minutos de inser��es da campanha da presidente Dilma Rousseff. A decis�o atendeu a pedido da coliga��o do tucano A�cio Neves que questionava propaganda da petista que sustenta que o advers�rio n�o respeitava as mulheres.
As inser��es questionadas foram veiculadas no dia 18 de outubro e mostravam recortes de trechos de dois debates. Segundo a campanha de A�cio, houve uma edi��o "absolutamente" descontextualizada para afirmar de forma direta e expressa que A�cio teria dificuldades para respeitar advers�rias do sexo feminino, pois teria tratado com agressividade a candidata do PSOL, Luciana Genro, e Dilma Rousseff.
Na pe�a, um narrador diz que A�cio tem mostrado "dificuldade" em respeitar as mulheres ao mostrar declara��es do tucano em rela��o a advers�rias. Numa delas, o candidato do PSDB diz para Dilma: "A senhora est� sendo leviana candidata. Leviana!"
Com base no novo entendimento do TSE adotado a partir de quinta-feira, mais rigoroso, o ministro Admar Gonzaga, relator do processo, afirmou que a propaganda tinha "claro prop�sito de enfuscar (manchar de preto) a imagem" da campanha de A�cio. E decidiu cassar quatro minutos distribu�dos nos quatro blocos de inser��es de TV, com a obrigatoriedade de que, no espa�o reservado � coliga��o de Dilma, n�o seja veiculada qualquer pe�a da propaganda, mas sim apresentado que a n�o divulga��o resulta de infra��o � legisla��o eleitoral. Em caso de descumprimento, a campanha da petista ser� mudada.