Bras�lia – A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nessa segunda-feira, por meio de nota, que a “valentia” do l�der do Solidariedade na C�mara, deputado Fernando Francischini (PR), em querer convoc�-la para depor na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) Mista da Petrobras no Congresso � “seletiva”. De acordo com den�ncia, Gleisi teria recebido R$ 1 milh�o para sua campanha ao Senado, em 2010, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, a pedido do doleiro Alberto Youssef. Francischini prometeu protocolar um requerimento com o objetivo de ouvir explica��es da senadora. Em 2011, no in�cio do governo Dilma Rousseff, Gleisi se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil – posto que ocupou at� fevereiro deste ano. Ela disputou o governo do Paran� e ficou em terceiro lugar, com 14,9% dos votos. Beto Richa foi reeleito governador.
“A valentia do ex-delegado � seletiva. Quando divulgaram o nome de dezenas de deputados que estariam envolvidos, inclusive um do partido dele e o pr�prio presidente da C�mara, ele n�o falou em convocar ningu�m. Al�m disso, se apresenta como amigo do juiz do processo e detentor de informa��es privilegiadas, que amea�a divulgar. � bom divulgar logo tudo, para n�o parecer que quer achacar algu�m”, diz a nota.
A senadora reafirmou que os repasses para sua campanha em 2010 foram todos declarados � Justi�a Eleitoral e que n�o conhece Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
Segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, o ex-diretor da Petrobras afirmou nos depoimentos da dela��o premiada que recebeu um pedido de Alberto Youssef para “ajudar na candidatura de Gleisi”. Ele disse que Paulo Bernardo, ministro das Comunica��es e marido da senadora, teria recebido o dinheiro. Conforme o depoimento de Costa, o repasse de R$ 1 milh�o para a campanha seria comprovado por meio de anota��es que ele mesmo fez em sua agenda pessoal, apreendida pela Pol�cia Federal em 20 de mar�o, tr�s dias depois de deflagrada a Opera��o Lava a Jato.