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Estado de Minas

Dilma deve manter linha 'paz e amor' em debate


postado em 24/10/2014 19:31 / atualizado em 24/10/2014 20:02

Depois de medir em pesquisas que o eleitor rejeitou a agressividade nos confrontos televisivos deste segundo turno, os candidatos � Presid�ncia - Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB) - precisar�o agir com cautela e estrat�gias calculadas em cada detalhe no debate desta noite, promovido pela TV Globo.

Possivelmente A�cio usar� as den�ncias publicadas pela revista Veja nesta sexta-feira, 24, para refor�ar seus ataques a petista e trazer novamente o tema corrup��o para o debate. Segundo a publica��o o doleiro Alberto Youssef afirmou em depoimento que a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de cobran�a de propina na Petrobras. A c�pula petista tem rebatido a acusa��o tentando desqualificar a revista. O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, disse hoje "ter d�vida" se A�cio usar� a reportagem no debate e afirmou que, caso o tema venha a tona, ele ter� resposta.

A pr�pria Dilma j� usou o seu hor�rio pol�tico de hoje para criticar a Veja e desqualificar as den�ncias. "Isso � um crime. � mais do que clara a inten��o mal�vola da Veja de interferir de forma desonesta e desleal nos resultados das elei��es", disse a presidente. Outras lideran�as petistas, como o ex-presidente Lula evitou comentar a publica��o e disse hoje que "n�o acha nada" a respeito da reportagem e que "n�o l� a Veja".

Liderando as pesquisas de inten��o de voto, Dilma vai tentar rebater a imagem que o tucano tentou colar em sua candidatura de que ela foi quem iniciou os ataques pessoais e tende a adotar uma linha mais propositiva e mais "paz e amor". "Considerando que ainda pode haver uma invers�o no cen�rio � dif�cil que a Dilma parta para os ataques. Ela deve ser menos agressiva e talvez com mais muni��o do ponto de vista da argumenta��o, porque sabe que o A�cio vai vir com tudo", avalia a cientista pol�tica e professora da Ufscar, Maria do Socorro Braga.

No final do debate na TV Record, no dia 19, Dilma afirmou que n�o havia sido integralmente uma "Dilminha paz e amor", mas que tentou ser mais propositiva na medida do poss�vel. "Fui uma 'Dilminha paz e amor' sempre que as condi��es me permitiram", afirmou, na ocasi�o.

A soci�loga F�tima Pacheco Jord�o, especialista em pesquisas e debates eleitorais, aponta que Dilma � favorita, por ter mostrado uma tend�ncia de crescimento consistente nas �ltimas pesquisas de inten��o de voto, mas que a diferen�a ainda � apertada e por isso talvez ela n�o possa se colocar integralmente como uma candidata t�o "d�cil". "Ela n�o deve aparecer com tanto ar de 'tranquilidade', porque a disputa est� longe de estar ganha. Mas temos que reconhecer que a Dilma veio se saindo bem nos debates, diria at� que melhor que a expectativa que se tinha do desempenho dela", disse F�tima.

F�tima acredita que o tucano, por sua vez, pode at� trazer ataques, mas que n�o deve partir para o "tudo ou nada" nem para um tom de agressividade, pois � algo visto como apelativo pelo eleitorado, especialmente na reta final da campanha. "A�cio pode tirar alguma coisa positiva da cartola, como uma nova proposta ou um apoio, mas certamente n�o ser� uma den�ncia de �ltima hora, porque elas n�o funcionam. O eleitor v� como oportunismo pol�tico."

Maria do Socorro tamb�m avalia que A�cio, pressionado nessa reta final, ter� que fazer seus ataques, mas da forma menos agressiva poss�vel. "Ele n�o vai atacar de forma muito agressiva, pois isso pode fazer ele perder voto. Mas acredito que se ele tiver uma carta na manga, um elemento surpresa, � ele que deve jogar com esse trunfo. S� que isso � futurologia", afirma.


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