S�o Paulo - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva rebateu neste s�bado as den�ncias da revista Veja de que ele e a presidente Dilma Rousseff teriam conhecimento de um esquema de corrup��o envolvendo a Petrobras. "Acho que o que a Veja fez foi uma demonstra��o de insanidade da imprensa marrom neste Pa�s. De um segmento da imprensa que n�s j� conhecemos muito bem, que tenta interferir no processo eleitoral", disse, ap�s caminhada nesta manh� em S�o Bernardo do Campo, no ABC.
Para Lula, as declara��es da presidente de rebater a revista est�o corretas. "Ela deveria falar porque � indigna��o aquilo. Voc� aceita qualquer debate, mas quando ultrapassa os limites da pol�tica, ela fez bem em se indignar. Ela tinha o hor�rio dela na televis�o", disse.
Segundo ele "a toler�ncia com o abuso de certos setores da imprensa" permite que elas avancem cada vez mais. "E a Veja ontem chegou ao limite dos limites. A Veja ontem conseguir fazer o imposs�vel, que ningu�m acreditava que fosse poss�vel ser feito. Ela conseguiu inventar uma mentira."
Apesar de revelar que sempre ouve de advogados indica��es de que "� melhor deixar pra l�", esse caso n�o poder� ficar impune. "Ela exagerou", afirmou, dizendo que n�o sabe se o diretor ou editor que escreveu a mat�ria "deita a cabe�a no travesseiro e consegue dormir um sono tranquilo".
Lula brincou e disse que acredita na vit�ria do Corinthians hoje no cl�ssico com o Palmeiras e tamb�m na vit�ria da Dilma. "Acho que o Corinthians ganha hoje, o Barcelona ganha hoje e a Dilma ganha amanh�. Acho que o jogo est� jogado", afirmou, ressaltando que � preciso repensar o papel das campanhas, porque "as campanhas precisam acontecer pra tentar politizar a sociedade".
'Terceiro turno'
Questionado se no caso da vit�ria de Dilma, a disputa pol�tica vai continuar, Lula disse que o vencedor vai ter que governar, mas criticou o que ele classificou de discurso lacerdista da oposi��o. "�s vezes me assusta o discurso, eu diria lacerdista, que s� falta dizer que n�o pode ganhar e se ganhar n�o pode governar. S� falta dizer isso", disse.
Ele ressaltou que "obviamente" quem for eleito vai ter que construir sua base, levando em conta o resultado eleitoral do primeiro turno, que definiu deputados e senadores. "E a verdade � o seguinte. Quem ganhar governa este pa�s e governa os quatro anos, porque temos 200 milh�es de habitantes que n�o s�o imbecis", disse.
Lula disse ainda que o governo sabe "fazer e respeitar a democracia" e que "quem quiser disputar terceiro turno se prepare pra 2018". "J� inventaram terceiro turno de mim em 2002, e, 1989, 1994 e 1998. N�o tem terceiro turno", refor�ou. O ex-presidente voltou a dizer que n�o sabe seu futuro pol�tico em 2018 e que estar vivo na sua idade "j� est� de bom tamanho". "N�o podemos prever. Muita coisa vai acontecer at� l�", afirmou.
Caminhada e confus�o
Lula manteve a tradi��o e escolheu S�o Bernardo do Campo, no ABC, seu ber�o pol�tico, para encerrar seus atos de campanha em apoio � candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele chegou no meio do percurso, entre a quadra dos banc�rios e a Pra�a da Igreja Matriz, no centro. No trajeto carregou crian�as, deu aut�grafos em bandeiras e camisetas e recebeu cartas.
J� chegando na Pra�a, o coordenador comercial Jo�o Gabriel da Silva Turano, de 26 anos, gritou "45", n�mero de A�cio Neves, e foi agredido por militantes petistas, com bandeiradas e socos. Ele ficou com marcas das agress�es no rosto e um machucado na testa provocado por uma bandeirada. A briga foi apartada por outros petistas que estavam no local.
Al�m de Lula, participaram do ato o ex-ministro e candidato derrotado ao governo Alexandre Padilha e o prefeito de S�o Bernardo e coordenador da campanha da Dilma em S�o Paulo, Luiz Marinho, e o senador Eduardo Suplicy.