Fl�via Ayer
Enviada especial
S�o Jo�o del-Rei – Num ato simb�lico �s v�speras das elei��es, o candidato � Presid�ncia da Rep�blica A�cio Neves (PSDB) voltou a S�o Jo�o del-Rei, no Campo das Vertentes, para pedir b�n��os ao av� Tancredo Neves diante do t�mulo do ex-presidente. Na cidade colonial, o tucano disse j� se sentir um “grande vitorioso” e estar confiante de que vencer� as elei��es. “N�o h� dinheiro, n�o h� inf�mia, n�o h� sordidez que ven�a a verdade, que ven�a a consci�ncia dos brasileiros”, disse. Ele agradeceu � ex-advers�ria, que chamou de “amiga”, Marina Silva (PSB), representando todos os apoiadores e aliados.
“Hoje � um dia para mim, do ponto de vista pessoal, muito marcante. Vou pedir a b�n��o ao meu av�, � minha av� (Risoleta Tolentino Neves), no cemit�rio S�o Francisco de Assis. Foi com ele aqui nesta casa que eu dei os meus primeiros passos na minha caminhada pol�tica”, contou, em entrevista coletiva de imprensa no Solar dos Neves, casar�o da fam�lia no Centro da cidade. A�cio chegou com a esposa, Let�cia Weber, e com os g�meos J�lia e Bernardo. O presidenci�vel foi ao cemit�rio com a m�e, In�s Maria, e a irm� Andrea Neves. E a terceira vez que A�cio vai a S�o Jo�o como candidato a presidente.
Apesar de lamentar as agress�es recebidas do PT, numa campanha que, segundo o tucano, � “a mais s�rdida” desde a redemocratiza��o, A�cio refor�ou que j� se sente vitorioso. “Sinto-me um grande vitorioso pela caminhada correta que fiz defendendo valores e apresentando aos brasileiros a possibilidade de um novo Brasil, mais generoso, �tico e que enfrente com coragem os problemas reais das pessoas”, disse. “Estamos prontos para vencer as elei��es e dar ao Brasil um governo decente, um governo honrado e que n�o trate o advers�rio como um inimigo a ser abatido a qualquer custo”, completou, refor�ando estar de “alma leve”.
Numa elei��o disputada voto a voto, o tucano acredita que a consci�ncia dos brasileiros far� a diferen�a. Segundo A�cio, uma conquista da campanha tra�ada pelos tucanos foi levar o povo �s ruas. “Conseguimos reacender no seio da popula��o a capacidade de se manifestar, de ser contra aquilo que h� de errado contra o PT, a corrup��o, o desrespeito”, disse, em refer�ncia a diversos movimentos de eleitores que t�m ido �s ruas em apoio � sua candidatura, como ontem, na Pra�a da Liberdade, em BH. “Est�o indo espontaneamente, porque acreditam que t�m um papel a desempenhar neste processo. � o nosso futuro que est� em jogo amanh� (hoje)”, disse.
O candidato voltou a falar da necessidade de os institutos de pesquisa, depois de “erros grosseiros”, se reestruturarem ap�s estas elei��es e disse que, “nesta altura do campeonato”, o que importa � a pesquisa das urnas, hoje, com a divulga��o mais tarde do resultado das elei��es. “N�o me iludi quando as pesquisas me colocaram numa situa��o confort�vel nem me desesperei quando me colocaram numa situa��o mais desconfort�vel. Tenho uma pesquisa muito pr�pria, que estou vendo pelo Brasil”, disse, confiante na vit�ria. “Acho que podemos vencer com margem surpreendente. Este sentimento que est� a� � avassalador, e contra ele n�o adianta inj�ria, a ofensa, o dinheiro, n�o adianta nada”, refor�ou.
Vandalismo O candidato lamentou tamb�m, mais uma vez, a postura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que dirigiu diversas agress�es a ele. Segundo A�cio, Lula “se apequenou”. “No desespero final da campanha, eles perceberam que, pela primeira vez em 12 anos, haveria, como h�, possibilidade real de derrota. Tudo tem limites e alguns membros da campanha advers�ria ultrapassaram todos os limites”, criticou. A�cio mostrou ainda seu rep�dio em rela��o aos atos de vandalismo em frente � Editora Abril, em S�o Paulo, por causa da publica��o de reportagem na revista Veja que afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) e Lula sabiam de suposto esquema de corrup��o na Petrobras.
Numa breve avalia��o dos tr�s meses de campanha, o candidato afirmou que o pior momento foi a morte de Eduardo Campos (PSB), em 13 de agosto, e os melhores foram a recep��o que teve das pessoas nas ruas. “Queria agradecer a tantos brasileiros, de tantos partidos de tantas for�as da sociedade, atrav�s da minha amiga, hoje posso falar assim, Marina Silva. Quero dizer, Marina, que sua presen�a na pol�tica brasileira oxigena, fortalece a boa pol�tica, ela nos traz esperan�a. Fa�o este agradecimento atrav�s da Marina e de Renata Campos”, finalizou.
A�cio Neves, candidato do PSDB � Presid�ncia: "Tem algo novo (acontecendo) e acho que esta j� � uma vit�ria da cidadania"
DEN�NCIA DE AMEA�A DE MORTE
Nota da Coliga��o Muda Brasil divulgada na noite de ontem denuncia amea�as ao candidato do PSDB � Presid�ncia, A�cio Neves. Segundo o texto, depois de confirmada a visita de A�cio a S�o Jo�o del-Rei, “pessoas do campo pol�tico contr�rio � sua candidatura presidencial passaram a divulgar amea�as de morte ao candidato e � sua fam�lia pelas redes sociais”. De acordo com a Coliga��o, o caso foi levado � Pol�cia Federal, que j� estava na cidade para investigar o suposto uso da estrutura f�sica da Universidade Federal de S�o Jo�o Del-Rei para divulgar material “calunioso” contra o senador. A pedido da assessoria jur�dica de A�cio, ser�o apuradas tamb�m as amea�as. “� lament�vel o clima de intoler�ncia estimulado pela campanha advers�ria, baseada em mentiras e cal�nias, que levou a essa situa��o de agressividade jamais vista na democracia brasileira”, diz a nota. A coliga��o anexou imagens do facebook que cont�m frases como “Morte aos Neves”.