Sartori anunciar� equipe de governo at� 15 de dezembro

Porto Alegre, 26 - O governador eleito do Rio Grande do Sul, Jos� Ivo Sartori (PMDB), afirmou neste domingo, 26, em entrevista coletiva que sua prioridade, a partir de agora, ser� construir uma equipe de governo que saiba dialogar com todos os setores da sociedade. "Vamos primeiro nos organizar. Depois definiremos os caminhos para o Rio Grande e construiremos um projeto de Estado", afirmou em sua primeira entrevista de imprensa ap�s a vit�ria. "N�o esperem de n�s nenhuma fantasia, nenhuma atitude precipitada. Queremos fazer um governo simples, honesto e eficiente."

Sartori reconheceu que ficha ainda n�o caiu. "Mas j� estou calculando o que vem pela frente", ponderou. Considerado uma das zebras desta elei��o, o ex-prefeito de Caxias do Sul come�ou a campanha com cerca de 5% das inten��es de voto e foi crescendo, enquanto o atual governador, Tarso Genro (PT), e a senadora Ana Am�lia Lemos (PP) travavam uma disputa particular.

Com praticamente a totalidade das urnas apuradas, Sartori venceu o segundo turno com 61,21% dos votos, ante 38,79% de Tarso. Apesar da insist�ncia dos jornalistas, o peemedebista se negou a adiantar quem poder� liderar a transi��o e mesmo formar o governo. "Nomes para a equipe de governo n�o ser�o anunciados at� 15 de dezembro", falou. "Ningu�m est� autorizado a fazer an�ncios antes desta data."

Sartori tamb�m revelou que recebeu uma liga��o de Tarso mais cedo, parabenizando-o pela vit�ria. "Entendi como uma delicadeza", afirmou. Segundo ele, durante a conversa o atual se prontificou a colocar quatro ou cinco secret�rios � disposi��o do peemedebista, j� nos pr�ximos dias, para come�ar o processo de transi��o do governo.

Ele agradeceu a atitude de Tarso e disse que isso permitir� que seja feita uma transi��o pac�fica e tranquila.

Sartori tamb�m afirmou que a composi��o de seu governo combinar� crit�rios t�cnicos e pol�ticos, para atender de forma adequada �s demandas do Estado.

Sobre o papel dos partidos aliados no futuro governo, ele n�o entrou em detalhes, mas explicou que todas as legendas ser�o importantes, tanto as que "chegaram antes", ou seja, que formaram a coliga��o no primeiro turno, como tamb�m aquelas que declararam apoio � chapa no segundo turno, como � o caso do PP. O ex-prefeito de Caxias tamb�m voltou a dizer que os advers�rios n�o s�o inimigos, e que � fundamental "unir o Rio Grande".

Sartori evitou detalhar seus planos para quest�es pol�micas que marcaram a campanha, como a d�vida do Estado com a Uni�o e o pagamento do piso ao magist�rio. "N�o vou assumir o papel de governador antes da hora", falou.

Ele estava acompanhado do vice-governador eleito, Jos� Paulo Cairoli (PSD), do senador Pedro Simon (PMDB) e do presidente estadual do PMDB. Tamb�m estavam presentes lideran�as de partidos aliados, entre elas a senadora Ana Am�lia Lemos (PP), que concorreu ao Pal�cio Piratini mas ficou fora do segundo turno, e o presidente estadual do PP, Celso Bernardi.

Ap�s o fim da entrevista, Sartori seguiu para a sede do diret�rio municipal do PMDB, na Avenida Jo�o Pessoa, onde centenas de militantes se re�nem desde o meio da tarde, em clima de festa.