Para refor�ar o argumento contra a extradi��o, a defesa de Pizzolato cita no processo cr�ticas do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, aos pres�dios do pa�s.
O ex-diretor do Banco do Brasil foi sentenciado a 12 anos e 7 meses de pris�o por envolvimento no esquema do mensal�o e fugiu para a It�lia no segundo semestre do ano passado, quando o Supremo rejeitou recursos dos condenados. Na fuga, Pizzolato utilizou um passaporte de um irm�o morto h� mais de 30 anos.
Ele acabou descoberto pela pol�cia italiana em fevereiro deste ano na casa de um sobrinho em Maranello, no norte do pa�s europeu, e foi levado para a pris�o de M�dena.
Tratamento
A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil argumenta tamb�m que Pizzolato sofre problemas "psiqui�tricos" e, se ele for transferido para uma pris�o nacional, seu tratamento "antidepressivo" ser� comprometido.
Na audi�ncia de hoje, os ju�zes da Corte de Apela��o v�o se pronunciar apenas sobre o pedido de extradi��o feito pelo Brasil. Com dupla cidadania, a esperan�a de Pizzolato era a de garantir sua perman�ncia no pa�s europeu. Apesar disso, o Minist�rio P�blico da It�lia deu um parecer favor�vel � extradi��o do brasileiro em abril deste ano.
A defesa de Pizzolato enviou aos ju�zes documentos da ONU condenando a situa��o dos pres�dios no Brasil. Os advogados apresentaram informes de 2008, 2010 e 2014 produzidos pelas Na��es Unidas, que apontam a situa��o de "viol�ncia interna" nas pris�es e "execu��es por parte da pol�cia".