Dois dias ap�s o segundo turno, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-vice na chapa de A�cio Neves � Presid�ncia da Rep�blica, afirmou nesta ter�a-feira que rejeita participar de qualquer acordo com a presidente Dilma Rousseff (PT). Para ele, Dilma n�o tem "autoridade moral" para propor um di�logo. Em inflamado discurso da tribuna do Senado, o tucano disse que Dilma n�o pode dizer que "n�o sabia o que estava acontecendo" dos ataques que ele e A�cio sofreram na internet de pessoas "a servi�o do PT".
O tucano disse que pretende discutir reforma pol�tica, como defendeu Dilma no discurso da vit�ria no domingo (26), mas destacou que antes quer que sejam conclu�das as investiga��es dos esc�ndalos da Petrobras, para que n�o digam que h� "corrup��o na pol�tica porque faltam recursos de financiamento p�blico para as campanhas".
Aloysio Nunes reafirmou o discurso, j� relatado em reportagem, que n�o dar� tr�gua ao governo. Durante a discuss�o no plen�rio da Medida Provis�ria 650/2014, que trata da reestrutura��o da carreira da Pol�cia Federal, ele disse que a presidente "injuriou a corpora��o ao dizer que no tempo do Fernando Henrique todos os diretores da PF eram militantes do PSDB". "E Vossa Excel�ncia foi ministro da Justi�a do PMDB. Como � poss�vel exercitar a mentira com tanta desfa�atez", disse Aloysio, referindo-se ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), titular da pasta no governo FHC.
O tucano disse que Dilma n�o cumpriu nenhuma das promessas para a PF e para a Pol�cia Rodovi�ria Federal. E concluiu o discurso, em duro tom: "Eu fui pessoalmente agredido por canalhas escondidos nas redes sociais a servi�o do PT, de uma candidatura. Eu devo essa satisfa��o �s minhas fam�lias, amigo e � na��o. N�o fa�o acordo. N�o quero ser s�cio de um governo falido, e nem c�mplice de um governo corrupto".
O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que "de nenhuma forma" o PT, como partido, ou Dilma teriam estimulado ou patrocinado qualquer tipo de agress�o nas redes sociais. O petista disse que n�o se pode atribuir essa a��o ao PT e exemplificou que, no dia da elei��o, foi atribu�do a petistas a suposta morte por envenenamento do doleiro Alberto Youssef, delator do esquema de corrup��o na Petrobras, que foi internado em um hospital em Curitiba no final de semana. "N�o podemos aceitar a coloca��o do nobre senador Aloysio Nunes. O PT n�o tem nada, absolutamente nada tem a ver com isso. O que n�s precisamos fazer � ter uma legisla��o que garanta � Pol�cia Federal, que, no momento em que mentiras, fatos e agress�es sejam postadas em redes sociais, existam mecanismos legais para que sejam retiradas do ar o mais rapidamente poss�vel", disse. O l�der do PT se solidarizou com Aloysio Nunes, a quem disse ser testemunha da "corre��o e da vida limpa". A senadora Ana Am�lia (PP-RS) e o presidente do Senado tamb�m sa�ram em defesa do tucano.