Rio, 28 - A oposi��o promete retomar convoca��es na Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras. Um dos nomes na pauta � Julio Camargo, primeiro empres�rio a firmar acordo de dela��o premiada em decorr�ncia da Opera��o Lava Jato. Executivo da construtora Toyo Setal, Camargo j� havia sido listado para depor em maio, mas o requerimento nunca foi levado a vota��o pelo colegiado.
Na justificativa para a convoca��o, o requerimento da CPMI argumentava que "empresas fornecedoras precisavam se associar a um "clube", pagar uma taxa que variava de R$ 300 mil a R$ 500 mil e se comprometer a repassar uma parte do valor dos contratos para um caixa que era dividido entre intermedi�rios do neg�cio, diretores da estatal e pol�ticos".
O requerimento foi tirado da pauta de vota��es ap�s um acordo proposto pela base do governo. Agora, os deputados tentam convocar nova reuni�o extraordin�ria para pautar os requerimentos. "Vamos colocar de volta esse requerimento e tamb�m outros, para come�ar o ano com novas investiga��es sobre as den�ncias da Petrobr�s", afirmou Julio Delgado (PSB-MG).
O pedido para ouvir o executivo foi feito pela oposi��o tr�s semanas ap�s o empres�rio participar, junto com a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobr�s, Gra�a Foster, da assinatura do contrato de R$ 2,09 bilh�es para constru��o de uma unidade fertilizantes da estatal em Minas Gerais.
A unidade de fertilizantes come�ou a ser gestada ainda em 2011 pela diretoria de abastecimento. Em entrevista ao Broadcast, em junho, Gra�a Foster havia descrito o projeto como um dos que lhe dava mais "orgulho" por considerar um "exemplo de m�tricas" de gest�o. Questionada � �poca sobre as investiga��es da Pol�cia Federal sobre os contratos da Toyo Setal, Gra�a disse n�o saber da investiga��o.
A empreiteira foi convidada a participar da licita��o para constru��o da unidade batizada de Jos� Alencar (Fafen-JA). A obra integra o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e fica em Uberaba (MG). A Toyo Setal tamb�m tem contrato ativo de R$ 1,3 bilh�o para a constru��o de uma usina no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj). A empreiteira tamb�m atuou em outras obras ligadas � �rea de influencia de Paulo Roberto Costa na estatal.